Mulheres do MST bloqueiam trem da Vale em ato sobre Brumadinho e Marielle
Manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) bloquearam hoje a passagem de um trem da Vale em protesto contra o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), ocorrido em 25 de janeiro, e em lembrança ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que completa um ano hoje.
O ato ocorreu em Sarzedo, município vizinho de Brumadinho na região metropolitana de Belo Horizonte. O trem da Vale passa diariamente pela cidade transportando minério de ferro extraído do quadrilátero ferrífero de Minas.
O número de mortos na tragédia em Brumadinho subiu hoje para 203, conforme divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais. Outras 105 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo o MST, cerca de 400 mulheres participaram do ato com objetivo de denunciar "a violência da mineração predatória contra as mulheres; a ameaça ao abastecimento de água à população gerada pelas mineradoras e sua total irresponsabilidade ambiental, além da sonegação da previdência e o não pagamento dos impostos sobre a extração mineral".
O grupo alega que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), pago pelas mineradoras aos municípios para garantir a exploração, não corresponde ao desenvolvimento da região, tornando-a "dependente" de um "modelo de mineração estritamente vinculado à lógica capitalista".
Durante o ato, a Polícia Militar foi acionada e houve confronto com os manifestantes. De acordo com a corporação, ainda não há registro de feridos na ocorrência.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Vale e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação da companhia.
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