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"A escola se preparou para isso e é merecido", diz Viviane Araújo

Viviane Araújo é rainha da bateria da Mancha Verde - Ricardo Matsukawa/UOL
Viviane Araújo é rainha da bateria da Mancha Verde Imagem: Ricardo Matsukawa/UOL

Adriana de Barros

Do UOL, em São Paulo

05/03/2019 19h00

Rainha de bateria da Mancha Verde, Viviane Araújo não estará na quadra para comemorar o primeiro título de campeã do Grupo Especial de São Paulo

Ao UOL, Vivi disse que a escola trabalhou o ano todo para a conquista do título. A atriz também é rainha de bateria do Salgueiro, que desfilou no domingo, na Sapucaí.

Ouça abaixo os áudios:

A Mancha foi a terceira escola a entrar no sambódromo do Anhembi na primeira noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, com homenagem a Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e sua luta pelos direitos de negros e mulheres.

À frente da bateria há 13 anos, Viviane Araújo representou uma princesa africana do Congo.

Minutos após o resultado oficial, a atriz usou sua conta no Instagram para comemorar.

"É Mancha! É campeã. Parabéns minha Mancha guerreira! Parabéns presidente Paulo Serdan pelo lindo trabalho que foi feito! Minha bateria Puro Balanço é noixxxx", festejou ela.

O título

A vitória em 2019 dá para a Mancha Verde seu primeiro campeonato. A escola, que fez um espetáculo de cores e simbolismo resgatando a luta pelos direitos dos negros e das mulheres, conquistou a nota de 270 pontos e seu primeiro título. Escorada em um investimento de mais de R$ 3 milhões da patrocinadora do Palmeiras, a agremiação levou alegorias ricamente decoradas e fantasias com esmero nos detalhes.

A disputa foi acirrada com a Acadêmicos do Tatuapé, que estava na corrida pelo tricampeonato. O título foi decidido no último quesito, da alegoria, que acabou jogando a escola da zona leste para a sétima posição, terminando com 269,5 pontos. No ano passado, a Mancha ficou em terceiro lugar e perdeu por pouco no desempate com a Tatuapé (vencedora) e a Mocidade Alegre (vice).

Diretor da ala musical, Osvaldo Luís disse que o título deste ano é um "desabafo". "O povo não viu a força e o trabalho da Mancha, achava que ali não tinha sambista, só torcida. Mas aqui tem sambista sim, e hoje nós mostramos que sabemos fazer o Carnaval de São Paulo", falou ele ao UOL.

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