Jamil Chade

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Governos árabes na ONU culpam Israel por mortes em hospital e pedem Justiça

Apoiado por diplomatas da Liga Árabe, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, acusou nesta terça-feira o governo de Israel pelo ataque contra o hospital Al Ahly, em Gaza.

Em uma coletiva de imprensa na sede das Nações Unidas em Nova York, ele afirmou que os israelenses são os responsáveis pela ação militar. Sobre as acusações de Israel de que a culpa pelas mortes seria de grupos palestinos, o embaixador foi claro: "Eles são mentirosos".

O diplomata argumenta que houve a "fabricação" de uma versão que isenta de culpa os israelenses. Ele destacou que uma postagem nas redes sociais de aliados de Benjamin Netanyahu indicava a responsabilização por parte de Tel Aviv, mas que foi apagada logo depois.

Israel, por sua vez, disse que informações de inteligência apontam que o bombardeio ocorreu após um ataque mal sucedido do grupo Jihad Islâmica, também combatido pelo país na região.

O embaixador do Egito na ONU, Osama AbdelKhaled, também pediu que os responsáveis sejam punidos. Falando em nome do grupo de países árabes na ONU, o embaixador da Jordânia, Mahmoud Daifallah, também denunciou Israel. "Precisamos de um cessar-fogo incondicional", afirmou.

Mansour ainda cobrou uma ação do Conselho de Segurança da ONU que, na segunda-feira, fracassou em aprovar uma resolução que pedia um cessar-fogo. O texto não citava e nem condenava o Hamas. EUA, França e Reino Unido vetaram o texto.

"O Conselho de Segurança não pode ficar em silêncio", disse o palestino. "Talvez, se a resolução tivesse sido aprovada, poderíamos ter salvo essas 500 pessoas no hospital", afirmou. "O Conselho de Segurança precisa acordar", insistiu.

"Esse foi um massacre cometido por forças israelenses", afirmou Mansour. "Condenamos esse crome cometido contra o nosso povo. Os responsáveis precisam encarar a Justiça", disse.

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O palestino também reitera que quer que o Tribunal Penal Internacional atue para investigar os israelenses.

O governo da Rússia pediu que uma reunião aberta do Conselho de Segurança seja organizada de forma emergencial, na quarta-feira.

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