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Advogado de Gil Rugai diz que recebeu ameaça por telefone

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

21/02/2013 10h22

O advogado de Gil Rugai, Marcelo Feller, disse nesta quinta-feira (21) que recebeu uma ameaça por telefone. 

Segundo Feller, uma pessoa ligou em seu escritório na noite de quarta-feira (20), perguntando se era ali que ele trabalhava. Diante da confirmação, a pessoa teria dito “avisa que eu não terminei o trabalho”.

O advogado disse ser a primeira vez que recebe uma ameaça, ainda que lide com outros processos criminais. Feller faz a defesa de Gil Rugai, junto com o advogado Thiago Anastácio, que é de outro escritório. Anastácio disse que não foi ameaçado.

Segundo Feller, a ameaça foi comunicada ao promotor do caso, Rogério Zagallo. O advogado negou que tenha encaminhado o caso à polícia, e ressalvou que a ligação pode não ter relação com o julgamento. “Mas acho uma estranha coincidência”, disse.

Entenda o caso

Gil Rugai é acusado de tramar e executar a morte do pai, o empresário Luiz Carlos Rugai, 40, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, 33, em 28 de março de 2004. O casal foi encontrado morto a tiros na residência.

Segundo a acusação, o crime foi motivado pelo afastamento de Gil Rugai da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de R$ 100 mil e, por isso, teria sido demitido do departamento financeiro.

Durante as perícias do crime foram encontrados indícios que, segundo a acusação, apontam Gil Rugai como o autor do crime. Um deles foi o exame da marca de pé deixada pelo assassino numa porta ao tentar entrar na sala onde Luiz Carlos tentou se proteger.

O IC (Instituto de Criminalística) realizou exames de ressonância magnética no pé de Rugai e constatou que havia lesões compatíveis com a marca na porta.

Outra prova que será apresentada pela acusação foi uma arma encontrada, um ano e meio após o crime, no poço de armazenamento de água da chuva do prédio onde Gil Rugai tinha uma agência de publicidade.

O exame de balística confirmou que as nove cápsulas encontradas junto aos corpos do empresário e da mulher partiram dessa pistola.

O sócio de Rugai afirmou que ele mantinha uma arma idêntica em uma gaveta da agência de publicidade e que não a teria visto mais lá no dia seguinte aos assassinatos. Gil Rugai chegou a ser preso duas vezes, mas foi solto por decisões da Justiça.