Sirene não tocou porque foi encoberta pela lama, diz presidente da Vale
O presidente da mineradora Vale, Fábio Schvartsman, afirmou nesta quinta-feira (31) que as sirenes que deveriam alertar sobre o rompimento da barragem de Brumadinho não soaram porque foram atingidas de forma rápida pela lama antes que pudessem disparar o alarme.
"Em geral, pelo que o histórico de rompimento de barragem demonstra, em geral isso acontece aos poucos, e aqui aconteceu um fato que não é usual, houve um rompimento muito rápido da barragem e o problema da sirene é que a sirene que iria tocar foi engolfada pela queda da barragem antes que ela pudesse tocar", disse o executivo.
Schvartsman se reuniu na tarde desta quinta-feira com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na sede da PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília.
Após a reunião na PGR, Schvartsman afirmou que a empresa quer acelerar a realização de acordos extrajudiciais para a reparação de danos e indenização às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
"Nossa intenção foi basicamente revelar a ela nossa intenção de acelerar ao máximo o processo de indenização e atendimento às consequências do desastre", disse.
"Para tanto nós estamos preparados para abdicar de ações judiciais, nós queremos fazer acordos extrajudiciais e nós estamos buscando assinar, com a maior celeridade possível, um acordo com as autoridades de Minas Gerais que permita que a Vale comece imediatamente a fazer frente a esse processo indenizatório"
O executivo afirmou que o valor das indenizações será o "necessário" para a reparação dos danos e que as indenizações começarão a ser pagas assim que o acordo for assinado, o que não tem um prazo pré-estabelecido para ocorrer.
"O valor dos acordos é o valor que tiver que ser, não existe um valor definido, vai ser aquilo que for necessário. Quando for definido a extensão das vítimas o valor será decorrente disso", afirmou Schvartsman.
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