Vale quer acordos extrajudiciais e diz que pagará "o que for necessário"
Após reunião com procuradores na PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília, o presidente da mineradora Vale, Fábio Schvartsman afirmou que a empresa quer acelerar a realização de acordos extrajudiciais para a reparação de danos e indenização às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), que deixou ao menos 99 pessoas mortas.
O presidente da Vale se encontrou com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e com procuradores que atuam nas áreas ambiental e de direitos humanos. A reunião foi um pedido de Schvartsman, que já havia conversado com Dodge durante visita dela a Brumadinho nesta semana.
"Nossa intenção foi basicamente revelar a ela nossa intenção de acelerar ao máximo o processo de indenização e atendimento às consequências do desastre", disse. "Para tanto nós estamos preparados para abdicar de ações judiciais, nós queremos fazer acordos extrajudiciais e nós estamos buscando assinar, com a maior celeridade possível, um acordo com as autoridades de Minas Gerais que permita que a Vale comece imediatamente a fazer frente a esse processo indenizatório."
O executivo afirmou que o valor das indenizações será o "necessário" para a reparação dos danos e que as indenizações começarão a ser pagas assim que o acordo for assinado, o que não tem um prazo pré-estabelecido para ocorrer.
"O valor dos acordos é o valor que tiver que ser, não existe um valor definido, vai ser aquilo que for necessário. Quando for definido a extensão das vítimas o valor será decorrente disso", afirmou Schvartsman.
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