Helicópteros lançam pétalas de rosas doadas por população sobre lama em MG
Durante pouco mais de uma hora nesta sexta-feira (1), a busca na área atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) foi interrompida para dar lugar a uma homenagem às vítimas. Bombeiros, policiais e voluntários conduziram o ato.
Sobre a lama em um dos trechos da chamada zona quente de buscas, tapumes foram instalados para a cerimônia. A área pertencia à Mina do Feijão, da Vale, onde uma barragem se rompeu há uma semana, no último dia 25.
Até o momento, 110 corpos foram resgatados.
Dezenas de bombeiros, policiais e membros da Defesa Civil se reuniram diante de uma cruz e ouviram as palavras de um padre da Polícia Civil. A cerimônia, que durou cerca de 15 minutos, teve música e oração em tributo às vítimas e, ao final, oito helicópteros das equipes de busca jogaram pétalas de rosa sobre o local.
As pétalas jogadas pelos helicópteros haviam sido levadas pela população da região ao Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte.
"É uma forma de tentar levar conforto para as famílias e, de algum jeito, buscar uma maneira de lidar com tanto sofrimento", afirmou o sargento Jarbas Tavares, do Corpo de Bombeiros de MG. Os moradores da região, que perderam amigos e familiares, acompanharam a cerimônia à distância, fora do perímetro de buscas. O acesso é restrito às equipes de resgate, por razões de segurança.
De longe, dezenas acompanhavam o culto e, em meio a lágrimas e expressões de pesar, aplaudiam a homenagem dos bombeiros.
"A gente sabe que eles estão tentando ajudar", disse Claudio Ferreira, que perdeu dezena de amigos e conhecidos que trabalhavam na mina da Vale.
"Mas é muita tristeza, e a gente fica com a sensação de que não existe mais o Córrego do Feijão. Acho que acabou", completou.
Um dos bairros de Brumadinho mais atingidos pelo desastre, o Córrego do Feijão é um dos principais focos das buscas. Bases dos bombeiros e das Polícias Civis e Militares foram instaladas na região e um centro de apoio, com serviços de assistência psicológica e apoio da Defensoria Pública, foi montado em uma praça local.
Muitos moradores do Córrego do Feijão trabalhavam na mina, em chácaras na região ou na Pousada Nova Estância, que ficavam na área que foi soterrada pela lama despejada pelo rompimento da barragem.
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