"Mandei meu filho para a morte", diz pai de amigo de suspeito de ataque em Boston
O pai do imigrante tchetcheno morto na quarta-feira (22) por um agente federal quando era interrogado sobre suas ligações com o suspeito de participar do atentado à Maratona de Boston afirmou, nesta quinta (23), que “mandou seu filho para a morte” quando deixou o jovem ir viver nos Estados Unidos.
Ibragim Todashev, 27, era um lutador de MMA que havia treinado com Tamerlan Tsarnaev em Boston. Segundo o pai de Todashev, Abdul-Baki Todashev, o jovem fez amizade com o suspeito do atentado, que deixou três mortos e 264 feridos, porque ambos eram tchetchenos e tinham interesses parecidos.
Todashev foi morto por um agente federal ao atacá-lo com uma faca durante o interrogatório, em Orlando, no Estado americano da Flórida. O jovem teria revelado que Tsarnaev, o mais velho dos irmãos de origem tchetchena acusados pelo atentado de 15 de abril, havia participado de um triplo homicídio cometido em 2011.
Mário Magalhães: dá para acreditar na versão do FBI?
O FBI saiu-se ontem com mais uma história enrolada. De acordo com a corporação, um agente seu matou a tiros um suspeito de participar do ataque à maratona de Boston.
O atentado com explosivos tirou a vida de três pessoas, no dia 15 de abril. O FBI alega que o suspeito, identificado como Ibragim Todashev, seria um lutador de MMA que teria partido para cima dos policiais que o interrogavam em casa.
Como o FBI teria procurado um lutador de MMA -teria de saber disso- sem força suficiente para imobilizá-lo, em caso de reação?
À agência Associated Press, Abdul-Baki Todashev contou que seu filho foi viver nos Estados Unidos depois de receber a oportunidade de estudar inglês em uma universidade americana. Para o pai, os Estados Unidos “pareciam ser o país mais seguro do mundo.”
“Por causa da falta de leis na Tchetchênia, mandei meu filho aos Estados Unidos. Agora, penso em como trazer seu corpo de volta para casa”, afirmou. “Acabei mandando meu próprio filho para a morte.”
Todashev teria abandonado as artes marciais por causa de uma lesão e teria trabalhado em diversos empregos diferentes como motorista de um asilo, antes de se mudar para a Flórida no ano passado.
Segundo Abdul-Baki, seu filho tinha planos de visitar a família na Tchetchênia nesta semana, mas adiou a viagem a pedido do FBI. (Com AP)
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