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Sequestrador de mercado judaico é morto, e reféns são libertados em Paris

A polícia francesa divulgou imagens de Amedy Coulibaly, 32, suspeito de participar do tiroteio em um mercado judaico e de matar uma policial em Paris - AFP
A polícia francesa divulgou imagens de Amedy Coulibaly, 32, suspeito de participar do tiroteio em um mercado judaico e de matar uma policial em Paris Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

09/01/2015 14h21Atualizada em 09/01/2015 15h53

O suspeito que manteve reféns em um mercado judaico em Vincennes, no leste de Paris, foi morto nesta sexta-feira (9) depois que a polícia invadiu o local. Outras quatro pessoas morreram e mais quatro ficaram gravemente feridas. Quase que simultaneamente, os dois irmãos suspeitos do ataque ao "Charlie Hebdo" foram mortos no norte da França. 

Por volta das 17h hora local (14h horário de Brasília), explosões e tiros foram ouvidos no mercado onde havia um cerco policial. Minutos depois, ao menos dez reféns foram retirados do estabelecimento, afirmou o porta-voz da polícia.  

Segundo a polícia, o sequestrador é Amedy Coulibaly, 32, suspeito de matar uma policial e ferir um funcionário da limpeza em Montrouge, na periferia ao sul de Paris, na quinta-feira (8).

Ele exigia a libertação dos irmãos Kouachi, suspeitos do atentado à revista francesa na quarta-feira (7), informa a rede norte-americana CNN.
 
Mais cedo, o suspeito, que estava armado com duas pistolas automáticas e um fuzil, havia atirado contra duas pessoas antes de entrar no mercado.
 
As ruas próximas ao mercado foram evacuadas, e a polícia orientou os moradores da localidade a ficar em suas casas.
 
Escolas que ficam nas proximidades do mercado impediram que seus alunos deixassem as unidades. O tráfego chegou a ser parcialmente interrompido em linhas de trem e do metrô de Paris, perto do Porte de Vincennes, por "questões de segurança"a região.
 

Ligação entre casos

Os investigadores franceses estabeleceram uma conexão entre o sequestrador do mercado judaico e assassino de uma policial e os dois jihadistas acusados da chacina na revista "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos na quarta-feira (7).
 
As autoridades francesas haviam afirmado até então não haver aparentemente ligação entre os dois casos, mas as investigações teriam confirmado a existência dessa conexão.
 
"Fatos recentes permitiram que a investigação avançasse para estabelecer uma conexão", indicou a fonte policial à AFP, sem dar mais detalhes.