Saque a Chernobyl, Biden na Europa e perda para Putin: o 28º dia de guerra
Nesta quarta-feira (23), 28º dia da invasão da Rússia à Ucrânia, novos corredores humanitários foram abertos para a fuga de civis, um conselheiro do presidente russo Vladimir Putin deixou o cargo, e autoridades ucranianas denunciaram saques a um laboratório de Chernobyl.
Pela manhã, a Ucrânia anunciou a abertura de novos corredores humanitários para liberar a saída de quem vive nas cidades de Kiev, Mariupol e Luhansk. Em Mariupol, cidade portuária e estratégica para os russos, há denuncias de que a população está sem acesso a comida, água e medicamentos. Ontem, o presidente ucraniano Volodymyr Zelesnky afirmou que a cidade estava em ruínas.
Na capital Kiev, a população segue sob toque de recolher de 35 horas de duração, com previsão para terminar amanhã (24). A cidade está cercada pelos russos e tem sido um dos principais alvo de ataques; segundo a prefeitura, hoje houve um bombardeio contra uma área residencial, deixando ao menos quatro feridos.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início do conflito. Já a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) calcula que entre 7 mil e 15 mil soldados russos morreram na guerra.
Uma agência estatal ucraniana acusa tropas russas de invadir e saquear um laboratório em Chernobyl. De acordo com o veículo, o local foi construído com financiamento da União Europeia e apresentava equipamentos sofisticados para monitorar a radiação.
Conselheiro de Putin deixa o cargo
Anatoly Chubais, um dos conselheiros de Putin, entregou hoje o cargo e deixou a Rússia por discordar da invasão à Ucrânia. A informação foi divulgada pelas agências Reuters e Bloomberg.
Autoridades russas ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto. Na semana passada, Arkadi Dvorkovitsh, um ex-assessor do Kremlin, renunciou à direção de uma fundação pública após criticar o conflito.
Putin já declarou, em cadeia nacional, que russos pró-Ocidente são considerados "traidores nacionais".
Biden chega à Europa para reunião da Otan
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou em Bruxelas (Bélgica) nesta tarde para reunir-se com aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), do G7 e do Conselho da Europa. Ele declarou, sem apresentar provas, que os russos podem utilizar armas químicas no conflito.
A expectativa é que amanhã Biden e aliados anunciem novas sanções contra a Rússia. Na sexta, o presidente americano viaja à Polônia, país que abriga a maior quantidade de refugiados ucranianos.
Os EUA acusam a Rússia de cometer crimes de guerra na invasão à Ucrânia. Mais cedo, uma proposta russa de auxílio e proteção a civis ucranianos foi rejeitada pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Se a Rússia se importasse com a situação humanitária, pararia de bombardear crianças e com as suas táticas de sítio. Mas eles não fizeram isso", declarou Barbara Woodward, embaixadora do Reino Unido na ONU.
A Rússia nega ter atacado civis desde o início do conflito.
Também hoje, a Rússia anunciou a expulsão de diplomatas americanos como resposta à medida semelhante adotada em Washington contra 12 membros da missão russa na ONU.
(Com informações de AFP, AP, Bloomberg, EFE e Reuters)
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