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Anastasia deixa governo de MG, mas desconversa sobre candidatura ao Senado

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

18/03/2014 12h37

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), anunciou nesta terça-feira (18) que deixa o cargo no próximo dia 4 de abril, quando assume a cadeira o vice Alberto Pinto Coelho (PP). O tucano, no entanto, desconversou sobre concorrer ao Senado na chapa do PSDB. 

Anastasia disse que, em um primeiro momento, deixa o Executivo para integrar a coordenação da campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República. Mas indicou a chance de uma possível candidatura ao dizer que deixa o cargo para atender "à legislação eleitoral para uma eventual candidatura nas eleições deste ano”.

“De fato, o meu primeiro esforço nesse momento está vinculado à campanha do senador Aécio Neves”, declarou, ressaltando porém que está “disponível” para ser o nome tucano para a vaga e que seria “uma grande honra” se tornar senador. 

“Qual é o nosso grande objetivo? É a vitória eleitoral do senador Aécio à Presidência da República, que eu acredito que é fundamental para o Brasil. Da mesma forma, aqui em Minas Gerais, nós vamos trabalhar de modo muito enfático para vermos o nosso candidato Pimenta da Veiga eleito para o cargo de governador”, avaliou.

Anastasia afirmou que uma provável candidatura ao Senado dependerá de uma “composição de forças políticas”. 

“Ninguém é candidato de si mesmo. O candidato, especialmente numa chapa majoritária, ele decorre de uma composição de forças políticas”, afirmou ele, em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira na cidade administrativa, sede do governo estadual.

Nos bastidores, especula-se que a vaga para concorrer ao Senado na chapa de Pimenta da Veiga seria uma espécie de chamariz para atrair outros partidos, como o PMDB, que faz oposição local à administração tucana.

Anastasia voltou a desconversar, mas relembrou que o PMDB já integrou a base aliada do governo Fernando Henrique Cardoso. “Eu estou disponível. Vamos ver o que vai acontecer”, disse aos jornalistas. “Todos os partidos têm de conversar. Nós conversamos com muita naturalidade.”

O tucano informou ainda que vai exonerar todos os secretários de Estado, no dia 3 de abril, para que Alberto Pinto Coelho “faça a recomposição da equipe da maneira que lhe aprouver”.

Coelho, por sua vez, disse que fará um governo de continuidade a partir de dia 4 de abril.