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Não vou me importar com campanha 'Volta, Lula', diz Dilma

Dilma Rousseff participou do lançamento de três condomínios do "Minha Casa, Minha Vida", na Bahia - Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma Rousseff participou do lançamento de três condomínios do "Minha Casa, Minha Vida", na Bahia Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

Fabiana Maranhão

Do UOL, em São Paulo

30/04/2014 09h10Atualizada em 30/04/2014 12h18

A presidente Dilma Rousseff minimizou a polêmica criada em torno do movimento 'Volta, Lula' durante entrevista concedida a emissoras de rádio na Bahia na manhã desta quarta-feira (30).

"Não vou me importar com isso", afirmou a presidente ao ser questionada sobre o fato de um partido da sua base aliada, o PR, ter lançado um manifesto pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Daqui para o fim do ano, tenho uma atividade importantíssima para fazer e não posso me desligar nenhum minuto dela. É governar esse país", completou.

Dilma disse que em ano eleitoral "é possível que ocorra todas as hipóteses; essa é uma situação normal".

A presidente falou ainda que será candidata com ou sem o apoio da base aliada. "Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha base. Não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente", disse. "Por trás de todas as coisas existem outras explicações", divagou.

Na última segunda-feira (28), o PR, que tem um ministério no governo federal, divulgou uma carta aberta, assinada por 20 dos 32 deputados do partido, pedindo que o ex-presidente assuma a candidatura no lugar de Dilma Rousseff, que concorre à reeleição. Apesar disso, o partido continua na base aliada do governo.

Em jantar com jornalistas da área de esporte em Brasília, na segunda-feira, Dilma declarou que a relação dela com Lula é baseada na "lealdade". "Nada me separa dele e nada o separa de mim. Sei da lealdade dele [Lula] a mim, e ele da minha lealdade a ele", afirmou.

Queda nas pesquisas

A mais recente pesquisa de intenções de voto feita pelo Datafolha apontou uma queda de seis pontos da presidente Dilma Rousseff em relação à sondagem anterior, realizada em fevereiro.
 
Segundo a pesquisa, Dilma seria reeleita no primeiro turno com 38% dos votos. Aécio Neves, pré-candidato do PSDB teria 16% e Eduardo Campos, Pré-candidato do PSB, 10%. Candidatos de outros partidos somaram 6%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.