'Não deixarei de andar de jet ski', diz Bolsonaro após médico pedir cautela
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ontem, em uma live nas redes sociais, que "fará o possível" para seguir as orientações médicas após ter sido internado com um quadro de obstrução intestinal, mas "tem que viver também" e não deixará de fazer atividades como andar de jet ski.
Sei que se tiver uma nova cirurgia complica a situação, mas eu tenho que viver também. Não vou deixar de andar de jet ski, dar um cavalo de pau num carro como dei lá no Beto Carrero, de vez em quando montar cavalo por aí Jair Bolsonaro
O presidente passava dias de folga no litoral de Santa Catarina quando passou mal. No Sul, o mandatário promoveu aglomerações ao cumprimentar apoiadores, andou de moto aquática, foi a uma pizzaria e a um parque de diversões.
Bolsonaro disse que "até o momento" está seguindo as recomendações médicas. Ele foi internado na madrugada de segunda-feira (3) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, e teve alta na quarta-feira (5). Durante o período em que passou na unidade, ele precisou usar uma sonda nasogástrica.
O médico Antônio Luiz Macedo, responsável pelo atendimento, explicou no dia da alta que o mandatário "tem uma saúde muito boa", mas precisará passar por uma "dieta especial por uma semana" e está proibido de realizar exercícios físicos rigorosos.
"Até o momento estou seguindo a orientação deles. Agora, não posso garantir na frente que não vou tomar um caldo de cana e comer um pastel. Não menti para o Macedo. Vou fazer o possível", disse o presidente ontem.
Ele acrescentou ter recebido uma bronca do médico, que o acompanha desde que ele tomou a facada em 2018, e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
"Não dá para prometer, não (mudar hábitos). Poxa, o que eu levei de bronca da esposa e do doutor Macedo não está no gibi. Me senti um garoto chegando na escola preparatória de cadetes do Exército em Campinas em 1973", contou o presidente, aos risos.
Camarão não mastigado
Na quarta-feira, Bolsonaro afirmou que comeu frutos do mar e não mastigou adequadamente. "Eu não almoço, eu engulo. Era uma peixada, tinha uns camarõezinhos, mastiguei o peixe e engoli o camarão. Foi isso", disse.
Macedo completou dizendo que "o camarão não foi mastigado" e recomendou ao presidente que mastigue ao menos 15 vezes depois de cada garfada.
Segundo o médico, a obstrução intestinal é consequência da facada que Bolsonaro recebeu em atentado durante a campanha eleitoral de 2018 e das operações subsequentes.
Macedo pediu para Bolsonaro não subir em caminhões e lugares altos, além de proibir o mandatário de andar de moto.
Horas depois de ter alta, o presidente foi a Buriti Alegre (GO) para o jogo beneficente promovido pelo cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone. Ele disse que só não entrou em campo para não desobedecer às recomendações médicas no primeiro dia.
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