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Tragédia em Brumadinho

Notícias falsas atrapalham buscas, alerta Corpo de Bombeiros de Minas

30.jan.2019 - Equipe formada por militares de Israel e agentes brasileiros de resgate procuram por vítimas entre os escombros e a lama que ficaram do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) - Washington Alves/Reuters
30.jan.2019 - Equipe formada por militares de Israel e agentes brasileiros de resgate procuram por vítimas entre os escombros e a lama que ficaram do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) Imagem: Washington Alves/Reuters

30/01/2019 15h44

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais alertou para os problemas decorrentes da disseminação de notícias falsas, conhecidas também como fake news, sobre a tragédia e a atuação das autoridades na região de Brumadinho (MG). Mensagens vêm sendo divulgadas em redes sociais apontando um conjunto de fatos e problemas que não condizem com a realidade, segundo o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara.

"O serviço das forças de segurança tem sido bastante prejudicado com fake news, notícias falsas", afirmou.

Toda a veiculação desse tipo de notícia, quando é falsa, ela prejudica, e muito, e atrasa o importante trabalho que a gente está fazendo em relação à recuperação desses corpos", destacou o porta-voz em entrevista a jornalistas.

O tenente do Corpo de Bombeiros citou como exemplo conteúdos indicando a existência de sobreviventes que estariam em algum lugar da região. Quando são acionados por questionamentos ou pistas desse tipo, continuou, os bombeiros têm de ir atrás e conferir se no determinado local sugerido haveria ou não alguma pessoa que resistiu à tragédia.

Outro caso foi a divulgação de notícias segundos as quais os militares nas buscas estariam "intoxicados com a lama". Aihara registrou que o Corpo de Bombeiros se baseia em laudos atestando o caráter não tóxico da lama, mas que ainda assim há procedimentos para evitar eventuais doenças nos oficiais.

"Como nossos militares ficam durante longos períodos expostos a essa água, a gente ministra um antibiótico, principalmente para prevenir o contágio por leptospirose, mas específico para a atuação de bombeiro. A população em geral não precisa se preocupar com isso. Esse antibiótico só deve ser administrado na população em geral se ela apresentar sintomas", explicou.

Além disso, o porta-voz informou que estão sendo coletadas amostras de lama em diversos pontos da região para análises próprias, de modo a confirmar se há ou não riscos a quem está trabalhando na área.

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