Lama cobriu área superior a 300 campos de futebol em Brumadinho, diz Ibama
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estima que a lama que vazou da barragem da Vale em Brumadinho (MG) cobriu uma área de 270 hectares, o equivalente a mais de 300 campos de futebol.
Praticamente metade dessa área (134 hectares) é de vegetação natural, sendo que 70 hectares estão em área de proteção permanente, diz o instituto nesta terça-feira (29).
Os dados fazem parte de um mapeamento preliminar feito pelo órgão federal. Se não houver outro acontecimento, diz o órgão, estes números serão os definitivos.
Segundo Fernanda Pirillo, coordenadora geral de Emergência Ambiental do Ibama, a mancha de lama no Paraopeba já está a 60 quilômetros do ponto inicial.
Apesar da gravidade da situação, a coordenadora diz que ainda é cedo para apontar o nível do dano ambiental.
"O Ibama tem acompanhado diariamente por meio de sobrevoos o deslocamento da lama. Também está fazendo incursões terrestres para avaliar o impacto ambiental", diz Fernanda.
"Identificamos hoje (terça-feira) um acúmulo de peixes mortos em uma aldeia indígena e determinamos à Vale que faça o recolhimento", afirma.
A aldeia fica a seis quilômetros da barragem, às margens do Paraopeba.
Sacrifício e resgate de animais
O Ibama está com 26 agentes em Brumadinho, sendo que dez passaram a acompanhar nesta terça-feira (29) "todo e qualquer resgate de fauna", nas palavras de Fernanda.
Este acompanhamento passa a ser feito um dia depois da revelação de que animais atolados foram sacrificados por equipes de resgate. Segundo a coordenadora do Ibama, o órgão não acompanhou os abates feitos em Brumadinho e designou os agentes depois dos sacrifícios.
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