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Tragédia em Brumadinho

Justiça nega pedido da Vale para retomar produção em áreas de risco

Militares israelenses buscam por vítimas em Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale - Washington Alves/Reuters
Militares israelenses buscam por vítimas em Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale Imagem: Washington Alves/Reuters

Rene Moreira, especial para O Estado

25/02/2019 20h00

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) indeferiu nesta segunda-feira, 25, pedido da Vale para retomar atividades em oito barragens consideradas de risco no Estado. A mineradora recorreu de decisão que determinou a paralisação das atividades e do lançamento de rejeitos nesses locais.

A ação civil contra a Vale foi proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais. A decisão de paralisar as atividades foi proferida no dia 8 de fevereiro. Na ocasião, a Justiça determinou ainda uma série de medidas a serem tomadas por parte da mineradora, entre elas que novas auditorias "externas e confiáveis sejam realizadas antes da retomada da exploração de minério".

Para evitar a punição, entre outros pontos a Vale alegou em sua defesa prejuízos financeiros. Mas, para o juiz relator do processo, seria melhor isso "que novas tragédias". A decisão diz ainda que os relatórios e planos de ação nas barragens "devem ser elaborados com urgência".

Perigo

O Ministério Público explicou que a ação judicial tem por objetivo a garantia das condições de segurança e estabilidade das seguintes barragens: Laranjeiras, Menezes 2, Capitão do Mato, Dique B, Taquaras e Forquilha 1, 2 e 3. Segundo o MP, essas barragens ficam em áreas próximas a núcleos urbanos, "havendo pessoas residentes/transitando na zona de autossalvamento".

Procurada pela reportagem para comentar o indeferimento de seu pedido, a Vale informou que, por enquanto, não vai se manifestar.

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