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Eslovênia vê fim da UE se líderes não conseguirem lidar com crise imigratória

Darko Bandic/AP
Imagem: Darko Bandic/AP

Robin Emmott e Ivana Sekularac

Em Bruxelas

25/10/2015 15h34

A União Europeia enfrentará um colapso se não conseguir chegar a um acordo sobre um plano para enfrentar o súbito fluxo de refugiados nos Bálcãs, advertiu o primeiro-ministro da Eslovênia neste domingo (25) enquanto líderes discutem sobre de quem é a culpa pela crise.

Nove dias depois que a decisão da Hungria de fechar sua fronteira no sul provocou uma onda sem precedentes de imigrantes para a minúscula Eslovênia, o primeiro-ministro, Miro Cerar, fez um chamado dramático a outros líderes da Europa central e do leste, em Bruxelas, para uma reunião de emergência.

"Se não encontrarmos uma solução hoje, se não fizermos tudo o que pudermos hoje, então é o fim da União Europeia como tal", afirmou Cerar.

"Se não entregarmos uma ação concreta, acredito que a Europa vai começar a cair aos pedaços", disse ele a repórteres.

Fugindo da guerra e da opressão para buscar uma nova vida na Alemanha e norte da Europa, os refugiados continuam a chegar por meio dos Bálcãs e começaram a se dirigir para a Eslovênia depois que a Hungria concluiu a construção de um muro na fronteira.

Desde 17 de outubro, mais de 62 mil imigrantes chegaram à Eslovênia, com pouco mais de 14 mil passando pelo país neste domingo.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, não estava arrependido, disse que seu país era um "observador" na crise desde o fechamento da fronteira e que ele não tinha nenhum conselho a dar a outros líderes. (Reportagem adicional de Jan Strupczewski e Tom Korkemeier, em Bruxelas; de Madeline Chambers, em Berlim; de Aleksandar Vasovic, em Belgrado; de Isla Binnie, em Roma; e de Marja Novak e Maja Zuvela, em Liubliana)