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Ataques em Boston podem ter relação com debate sobre controle de armas

Do UOL, em São Paulo

16/04/2013 04h53Atualizada em 16/04/2013 04h55

Os atentados ocorridos nesta segunda-feira (15), durante  a maratona de Boston (EUA), acontecem em um momento no qual os norte-americanos estão imersos em um apaixonado debate sobre o controle das armas de fogo, após o massacre ocorrido em meados de dezembro, em uma escola em Newtown, em Connecticut, que deixou 26 pessoas mortas.

Três explosões registradas em Boston causaram a morte de três pessoas, entre elas uma criança de oito anos, e deixaram pelo menos 140 pessoas feridas, segundo informou a rede de TV americana "CNN"

No passado, as tentativas do governo de pôr limites à circulação das armas de fogo entre a população, sobretudo das mais mortíferas, contrariou os grupos nacionalistas mais extremistas que defendem, inclusive violentamente, o direito de ter armas no país.

Segundo lembrou nesta segunda-feira o jornal "The Washington Post", a perspectiva de uma legislação federal sobre as armas de fogo exacerbou a atividade dos grupos "patrióticos" mais violentos, de acordo com um recente relatório do Southern Poverty Law Center, especializado no acompanhamento desses grupos.

De acordo com essa organização, os grupos patrióticos alcançaram níveis recorde em 2012 e experimentaram um crescimento de 813% nos últimos quatro anos.

Os EUA não assistiam a cenas como as de Boston, com corpos ensanguentados, membros soltos e expressões de atordoamento e dor, desde os atentados perpetrados pela Al Qaeda em 11 de setembro de 2001.

No entanto, a origem das bombas de Boston pode estar muito mais perto. Em carta dirigida ao secretário de Justiça, Eric Holder, no mês passado, o Southern Poverty Law Center alertava que, como no período anterior ao atentado de Oklahoma, se assiste a uma multiplicação das ameaças por parte desses grupos que temem que o governo acabe tirando suas armas.

Em 19 de abril de 1995, o terrorista americano Timothy Mcveigh explodiu um caminhão-bomba perante um edifício federal na cidade de Oklahoma, matando 168 pessoas. (Com Efe)