Vai-Vai segue em ritmo normal após episódio de agressão a mulher em ensaio

O clima era de confraternização e festa, neste domingo (20), na sede da Vai-Vai, no Bixiga. Um dia após o episódio de agressão durante o ensaio técnico no sambódromo do Anhembi - no qual um segurança da diretoria puxou os cabelos de uma mulher e a empurrou - a comunidade realizou a festa da bateria e recebeu como convidados a escola Império de Casa Verde.
Embora nota divulgada pela agremiação na tarde do domingo, o assunto foi evitado na quadra da Vai-Vai. Mas ainda assim, a reportagem do UOL conseguiu conversar com Grazi Brasil, intérprete da escola e única mulher a ocupar esse posto entre as escolas de samba de São Paulo. Ela falou sobre sua presença na Vai-Vai e o espaço conquistado.
Há três anos, Grazi canta na Vai-Vai. Começou interpretando o enredo em homenagem à ialorixá baiana Mãe Menininha do Gantois. "É o samba de minha vida", afirma.
No sábado (19), um vídeo com imagens do segurança da diretoria da agremiação puxando cabelo de uma integrante chocou as pessoas nas redes sociais. O que é um caso isolado e não tem nada a ver com a política da agremiação, segundo os integrantes dela.
"Só cheguei a esse lugar [de intérprete] pelo meu esforço e pelo apoio da diretoria e da presidência da escola", conta. Mulher negra, a cantora é também um espelho para muitas pessoas da comunidade - muitas delas crianças.
"Seu Penteado [baluarte da Vai-Vai] diz que estamos de volta às raizes. Antes de ter microfone, eram as mulheres que puxavam o samba. E eu sou a primeira mulher a puxar o samba, desde que começaram a usar microfone", lembra ela, que se diz "muito feliz".
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