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Presidente da Vai-Vai pede união após episódio de agressão "deplorável"

Adriana de Barros e Renata Nogueira

Do UOL, em São Paulo

27/01/2019 22h22

Darly Silva, o Neguitão, presidente da Vai-Vai, aproveitou o ensaio geral da escola de samba neste domingo (27) para se pronunciar sobre o episódio de agressão que envolveu dois integrantes da agremiação no último dia 19. Um homem foi filmado agredindo uma mulher durante o ensaio técnico da escola no Anhembi.

Com o agressor já afastado do quadro da Vai-Vai, o presidente subiu no palco montado no espaço da escola na Bela Vista e fez um pedido de união aos integrantes e simpatizantes, rechaçando a atitude do ex-diretor, identificado como Anderson Roberto.

"Uma agressão covarde, uma atitude deplorável. A nossa diretoria não tem mão na cabeça", ressaltou Neguitão, falando ao lado da vice-presidente Dra. Ana Murari.

O presidente da Vai-Vai ainda ressaltou que o erro foi do agressor, e não da escola. "Ele errou e foi excluído dentro da nossa disciplina, dentro da nossa ética da nossa escola. O ser humano é falho e erra, mas a escola é uma instituição e não erra. Quem erra é o ser humano. E a instituição tomou as providências."

Faltando 34 dias para o desfile, Neguitão ainda fez um apelo por união depois da briga. "A escola de samba Vai-Vai é uma escola aguerrida, nós estamos na reta final. Vamos se unir, meu povo. Vamos para cima. Esse Carnaval deste ano nos aguarda. Precisamos de união para estar fortes para chegar no sábado de Carnaval e fazer aquilo que a gente mais sabe fazer."

Com o enredo "Quilombo do Futuro", a Vai-Vai será a quarta escola a desfilar em São Paulo no dia 2 de março, sábado de Carnaval, pelo Grupo Especial.

Entenda o caso

A Vai-Vai participou de um ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi no último dia 19 de janeiro, sábado. Um vídeo que circulou posteriormente nas redes sociais flagrou um homem expulsando uma mulher do desfile com empurrões e puxões de cabelo. Era Anderson Roberto, um dos diretores da escola. A vítima seria uma ex-namorada.

Anderson foi afastado da escola um dia depois. A Vai-Vai condenou a atitude do integrante e lançou uma campanha incentivando denúncias de violência contra a mulher. O agressor ainda foi proibido de ir ao sambódromo pela Liga das Escolas de Samba.

O caso de agressão está sendo investigado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Freguesia do Ó (zona norte), em São Paulo.

São Paulo