EUA se opõem à interferência da ONU em Gaza caso prejudique cessar-fogo
A embaixadora dos EUA, Susan Rice, disse, nesta segunda-feira (19), que os Estados Unidos não vão permitir uma declaração do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o conflito em Gaza que mine os esforços para um cessar-fogo.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu enviar a secretária de Estado, Hillary Clinton, que está em Phnom Penh, a Israel, Egito e Ramallah, em uma iniciativa para tentar conter a escalada da crise.
O adiamento da ofensiva terrestre ocorre no momento em que o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon também estará na região. Ban Ki-moon, que está no Cairo, pediu a todas as partes no conflito de Gaza, nesta terça, a interrupção imediata da violência, que segundo ele ameaça toda a região.
"Todas as partes devem impor um cessar-fogo imediatamente. Qualquer nova escalada da situação colocaria toda a região em perigo", disse.
Ambos pretendem manter encontros com o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, e o presidente Shimon Peres, além do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.
A Rússia acusou os Estados Unidos de uma tentativa de obstruir a iniciativa.
Contudo, após novas conversas entre o Conselho de 15 nações, a Rússia anunciou que, a menos que uma declaração pedindo o fim das hostilidades seja aprovada até a manhã desta terça-feira (20), pressionaria por uma resolução completa - uma ação que os Estados Unidos podem vetar.
Israel decidiu adiar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza para dar uma oportunidade à tentativa da diplomacia egípcia de obter uma trégua entre o Hamas e o Estado hebreu, depois de seis dias de bombardeios israelenses no território palestino que deixaram mais de cem mortos.
"Tomamos a decisão de suspender provisoriamente qualquer projeto de ofensiva terrestre para dar todas as oportunidades de êxito aos esforços diplomáticos", disse à AFP uma fonte israelense após a reunião da noite de segunda-feira do gabinete de segurança restrito do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"Abordaram o estado dos esforços diplomáticos e da operação militar", completou a fonte, que pediu anonimato.
Autoridades do Egito disseram que a expectativa é que israelenses e palestinos negociem uma trégua em 72 horas.
Segundo a imprensa israelense, o país deseja observar uma trégua de 24 a 48 horas para que as partes possam elaborar um cessar-fogo duradouro.
Madrugada teve ofensiva
Mais uma ofensiva foi registrada durante a madrugada de hoje (20). Os bombardeios, segundo relatos, têm como alvo os túneis que existem na área. Porém, há informações de que casas e prédios foram atingidos. Os militares israelenses alegam que são locais nos quais havia integrantes do grupo terrorista Hamas.
Do lado palestino, foram registradas 107 mortes. A ofensiva completa nesta terça-feira está no sétimo dia. A faixa de Gaza tem apenas 41 quilômetros de extensão e de 6 a 10 metros de largura. A região é considerada uma das mais povoadas no mundo. No local, vivem os palestinos. Nas redondezas há colônias israelenses. A região é permanentemente tensa.
(Com agências internacionais e Agência Brasil)
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