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Mortos em atentados em Paris são homenageados na França e em Israel

Do UOL, em São Paulo

13/01/2015 08h34Atualizada em 13/01/2015 11h24

Os policiais e os judeus mortos durante atentados terroristas ocorridos semana passada em Paris foram homenageados nesta terça-feira (13) na capital francesa e em Jerusalém. 

O presidente da França, François Hollande, participou em Paris de cerimônia dedicada aos três policiais mortos, Franck Brinsolaro, 49, Ahmed Merabet, 40, e Clarissa Jean-Philippe, 26.

Os três receberam o título de Cavaleiros da Legião de Honra "em nome da República francesa". Em discurso, o presidente francês lembrou a história de cada um deles e disse que "Clarissa, Franck e Ahmed morreram para que nós pudéssemos viver livres". "Clarissa, Ahmed, Franck, graças a vocês a França está de pé", acrescentou.

"Nossa grande e bela França não quebra jamais, não cede jamais, não se curva jamais. Ela enfrenta, ela está de pé", ressaltou o chefe de Estado.

Hollande sugeriu que Clarissa, morta por Amedy Coulibaly em Montrouge, na periferia ao sul de Paris, na última quinta-feira (8), pode ter evitado um ataque contra uma escola próxima. "A investigação dirá", afirmou.

Franck Brinsolaro, era brigadeiro e membro do serviço de proteção. Ele atuava como guarda-costas proteção de Stéphane Charbonnier, o Charb, jornalista e diretor da publicação "Charlie Hebdo", e foi morto por um dos irmãos Kouachi na sede do semanário no dia 7.

No mesmo dia, Merabet Ahmed, foi baleado por um terrorista na rua perto da redação da publicação. O sargento fazia segurança da região onde fica a sede do "Charlie Hebdo". 

Enterro de judeus

Os corpos das quatro vítimas do atentado a um supermercado judeu em Paris na sexta-feira (9) chegaram nesta terça-feira a Jerusalém para serem enterrados em um funeral oficial.

O enterro de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav Hatab e François Michel Saadaserá foi realizado no cemitério de Givat Shaul, o maior da cidade, em cerimônia que contou com a participação do presidente Reuven Rivlin, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de ministros, deputados e rabinos.

O presidente israelense considerou inaceitável que os judeus tenham medo de caminhar pelas ruas na Europa com vestes de sua confissão religiosa.
 
O primeiro-ministro de Israel pediu que a comunidade internacional se una na luta contra o terrorismo. "O terrorismo ameaça todo o mundo. Os líderes do mundo começam a entender esta ameaça", disse o primeiro-ministro.
 
"Os terroristas nunca nos vencerão", afirmou Netanyahu, que destacou que "os autores dos ataques não são apenas inimigos do povo judeu, mas de toda a humanidade". (Com jornais e agências internacionais)