Guerra da Rússia-Ucrânia

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Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora

Do UOL, em São Paulo

02/03/2022 04h46Atualizada em 02/03/2022 13h49

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa uma semana hoje desde que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o começo da ofensiva de suas tropas em território ucraniano.

Durante a madrugada, bombardeios e ataques da Rússia destruíram parcialmente uma estação de polícia em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Paraquedistas russos pousaram na cidade para tentar tomá-la.

Zhytomyr, localizada a 140 quilômetros de Kiev, também foi alvo de bombardeios nas primeiras horas da madrugada de hoje, no horário local. Uma área residencial foi atingida, deixando várias casas destruídas e ao menos quatro pessoas mortas, sendo três adultos e uma criança.

Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:

Mariupol, no leste da Ucrânia, relata bombardeios ininterruptos da Rússia. Segundo o prefeito, o município portuário sofre baixas em massa e escassez de água em decorrência dos ataques.
As forças comandadas por Putin dizem que tomaram Kherson, cidade localizada no sul da Ucrânia e próxima à península da Crimeia. O governo local nega e diz que a cidade foi cercada, mas não tomada.
Um foguete da Rússia destruiu parte de um prédio da polícia em Kharkiv, deixando quatro mortos. A Câmara Municipal da cidade também foi bombardeada por um míssil. Ao todo, mais de 20 pessoas morreram na cidade hoje.
Pela primeira vez em sete dias de guerra, a Ucrânia disse que lançou sua primeira contraofensiva para tirar russos de seu território. A investida se deu na cidade de Horlivka, na região separatista de Donetsk.
O Kremlin afirmou que aguarda a comitiva da Ucrânia para uma segunda rodada de negociações hoje à noite. A delegação russa já está a caminho da reunião.
O encontro foi confirmado por autoridades ucranianas ligadas ao gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mas a expectativa da Ucrânia é que "nada vai mudar".
O presidente, porém, disse que aguarda notícias positivas sobre a proposta de Kiev de aderir à União Europeia.
Zelensky disse mais cedo que a Rússia quer "apagar" a história de seu país. Ele também afirmou que quase 6 mil soldados russos morreram durante a guerra.
Mais de 800 mil pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa, diz a ONU. A Polônia foi o país que mais recebeu migrantes: 116 mil.
Mais de 40 mil pessoas estão sem comida e eletricidade no leste da Ucrânia, disse o ministro do Interior do país, Denys Monastyrsky.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia de atacar jardins de infância e orfanatos. "Putin está em guerra com as crianças", escreveu no Twitter.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram tropas da Rússia investindo contra civis em Enerhodar, no sul da Ucrânia.
O prefeito de Kiev disse que a invasão russa à Ucrânia não representa apenas uma guerra para o país, mas "um desafio para todo o mundo moderno, para todo o mundo democrático".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que, se ocorresse uma terceira Guerra Mundial, o combate envolveria armas nucleares e seria destrutivo.
As sanções à Rússia devem afetar as exportações de petróleo, disse a Casa Branca. A porta-voz do governo ainda sugeriu que ofensivas econômicas podem aumentar.
Com avanço das tropas russas em direção a Kiev, o embaixador brasileiro, Norton de Andrade Mello Rapesta, e sua equipe deixaram a capital da Ucrânia.
O Sberbank, o maior banco da Rússia, anunciou sua saída do mercado europeu. A decisão sobre a saída foi anunciada diante das duras sanções ocidentais em represália pela invasão da Ucrânia.
Boeing, Apple, Ford e Nike também estão entre as grandes multinacionais que anunciaram a suspensão de seus negócios na Rússia. Veja aqui a lista completa.