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Após aparecer em 1º em pesquisa, Dilma diz que ninguém pode "subir no salto alto"

A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da fábrica de transformadores de corrente e de potencial em MG - Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da fábrica de transformadores de corrente e de potencial em MG Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

Do UOL, em Brasília

14/10/2013 11h22Atualizada em 14/10/2013 17h15

A presidente Dilma Rousseff negou nesta segunda-feira (14) que esteja usando “salto alto” ao não querer comentar o cenário político para as eleições de 2014. Segundo ela, não dá para governar o país e tratar do pleito eleitoral ao mesmo tempo.

"Apesar de respeitar [os que vão concorrer ao Planalto] e achar que ninguém pode subir no salto alto... o meu problema não é salto alto. O problema é: não dá para fazer as duas coisas simultaneamente. Eu tenho de governar”, afirmou em entrevista a rádios locais de Itajubá (MG), onde ela participou da inauguração de uma fábrica de transformadores de corrente.

Ao ser indagada sobre a última pesquisa de intenções de voto do Datafolha, divulgada no sábado, em que apareceu em primeiro lugar, Dilma tergiversou.

"Sabe o que acontece? Eu sou presidenta, fui eleita presidenta de todos os brasileiros e eu tenho nas 24 horas do meu dia, dos 365 dias do ano, eu tenho de exercer a presidência da República."

A pesquisa apontou que Dilma venceria no primeiro turno caso os candidatos fossem Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE), mas que a disputa seria mais acirrada se os candidatos fossem a ex-senadora Marina Silva e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

“A eleição vai ser uma questão que vou tratar oportunamente. A minha atividade principal é exercer meu mandato até o último minuto”, disse Dilma às rádios mineiras.

Ela reiterou que respeita as demais pessoas que pretendem concorrer ao Planalto, sem citar nomes, e acrescentou que elas precisam se preparar para apresentar uma proposta ao país.

“Respeito todos os que pleiteiam [o cargo]. Agora, o meu problema é governar e não ficar preocupada com quem vai ser candidato, até porque há indefinições.”

Na inauguração da fábrica, Dilma ressaltou em seu discurso a importância da parceria entre a indústria nacional e os diversos níveis de governo para trazer mais competitividade à economia.
 
A fábrica, que pertence à empresa Balteau Produtos Elétricos, irá produzir produtos de baixa e média tensão e transformadores de corrente e de potencial até 550 kV. No total, foram investidos R$ 50 milhões na construção da fábrica, com financiamento de R$ 5 milhões da Finep (Agência Brasileira da Inovação).