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Presidenciáveis comentam pedido de prisão de Lula. Boulos pede "resistência"; Alckmin cita "importante mudança"

Do UOL, em São Paulo

05/04/2018 19h21Atualizada em 06/04/2018 02h37

Alguns pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano, que acontecem em outubro, comentaram a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente na noite desta quinta-feira (5) e determinou que ele se apresente até as 17h de sexta (6) à Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.

Por meio de sua conta no twitter, o pré-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, demonstrou insatisfação quanto à prisão do ex-presidente. "Não assistiremos passivamente. Haverá resistência democrática!", disse. 

O senador Alvaro Dias, do Podemos-PR), considerou "um avanço", apesar de "lastimável", a ordem de prisão decretada pelo juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em vídeo divulgado por sua assessoria, ele fala ainda que "a impunidade perdeu" e o "Estado de direito prevaleceu". "As leis estão governando os homens neste momento, e nós estamos caminhando para a inauguração de uma nova justiça no Brasil. É assim que se constrói uma grande nação", conclui o presidenciável.

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O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato pelo DEM, Rodrigo Maia, afirmou que "aqueles que têm responsabilidade pública, em qualquer nação, não podem celebrar a ordem de prisão de um ex-presidente da República". Em nota, Maia também disse que "no entanto, o mandado de prisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado o amplo direito de defesa". 

Governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin apontou que "é lamentável ver a decretação da prisão de um ex-presidente, mas tenho a convicção de que isso simboliza uma importante mudança que vem acontecendo no Brasil: o fim da impunidade". "A lei vale para todos", endossou. 

Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à presidência pelo PDT, disse estar acompanhando "com muita tristeza tudo que está acontecendo com o ex-presidente e meu amigo Luiz Inácio Lula da Silva". "Parte importante do país na qual me incluo, não consegue ver justiça, muito menos equilíbrio em uma providência tão amarga, enquanto remanescem intocados notórios corruptos do PSDB", concluiu.

Ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula e pré-candidata pela Rede, Marina Silva defendeu o trabalho da Justiça e afirmou que "a prisão de um ex-presidente é um acontecimento triste em qualquer país". "No entanto, numa democracia, as decisões da Justiça devem ser respeitadas por todos e aplicadas igualmente para todos", disse.