Lula cita terrorismo do Hamas e reação 'insana' de Israel em 1º ato público
No primeiro ato público após cirurgias, o presidente Lula (PT) criticou o "terrorismo" do grupo extremista Hamas e a reação "insana" de Israel pelo conflito em Gaza.
"Irracionalidade"
Em participação em evento social por videoconferência, Lula pediu por uma resolução mais rápida do conflito e questionou a morte de crianças pelos dois lados. "Não é possível tanta irracionalidade, não é possível que exista tanta insanidade", disse.
Eu fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza, que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez de terrorismo atacando Israel, mas também não pediram para que Israel reagisse de forma tão insana e matasse eles.
Lula, em participação por vídeo
Esta não é só a primeira aparição pública após as operações como a primeira vez que o presidente se pronuncia após a derrota da proposta de paz brasileira no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) ontem (19). A proposição de cessar-fogo do Brasil, com criação de um corredor humanitário, teve maioria, mas foi vetada pelos Estados Unidos.
Nós precisamos propor paz. A gente precisa propor a racionalidade de que o amor pode vencer o ódio, de que a gente não resolve problema com bala. A gente não resolve um problema com foguete. A gente resolve o problema com carinho, é com afeto, é com dedicação, é com solidariedade.
Lula, em participação por vídeo
Lula apareceu na cerimônia de celebração dos 20 anos de criação do Bolsa Família, no Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social. Ele segue despachando do Palácio da Alvorada, mas, de péd urante o evento, prometeu retornar ao Planalto na semana que vem.
Lula disse que volta ao Planalto na semana que vem
Em recuperação de uma cirurgia no quadril, Lula disse que já consegue se levantar sozinho e ficar em pé. "Estou pronto para o combate, amigos. Na semana que vem, Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento Social], nos encontraremos no Palácio do Planalto."
Aparição pública do petista é a primeira após procedimento cirúrgico. O presidente foi operado no dia 29 de setembro, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. A operação ocorreu sem intercorrências e Lula teve alta dois dias depois. Duas próteses foram colocadas para recuperação de dores em decorrência de uma artrose.
O presidente aproveitou para fazer correção nas pálpebras. O procedimento não estava previsto e foi definido pela equipe de médica de Lula como uma cirurgia "estética-médica". Foram retirados excessos de pele e bolsas de gordura em uma intervenção que durou pouco mais de uma hora.
Nem a possibilidade do procedimento havia sido divulgada pelo Planalto. Segundo o cardiologista Roberto Kalil, médico pessoal de Lula, essa já era uma questão que interessava ao presidente, mas dependia do desempenho da cirurgia no quadril. Como houve êxito, pôde ser realizado.
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