Famílias são autorizadas a voltar para casa em distrito de Itatiaiuçu (MG)
Três famílias, um total de seis pessoas, que moram no distrito de Pinheiros, em Itatiaiuçu, região centro-oeste de Minas Gerais, foram autorizadas pela Defesa Civil e pela Polícia Militar hoje, 10, a retornarem em definitivo para suas casas. Após nova avaliação, foi constatado que suas residências não serão atingidas caso a barragem da ArcelorMittal na região se rompa.
Na madrugada de sexta-feira, 8, cerca de 50 famílias, conforme informações iniciais da PM, foram retiradas do distrito depois de ser apontado risco de ruptura da estrutura. Segundo informações da empresa, o número de famílias retiradas e levadas para um hotel na cidade vizinha de Itaúna é de 31, com total de 112 pessoas.
Permanecem no hotel, portanto, 28 famílias, que somam 106 pessoas, conforme a mineradora. "Em conjunto com as autoridades, chegou-se à conclusão de que os imóveis estão fora da área de influência da barragem Serra Azul", diz a empresa. Outras cinco famílias, que também estavam autorizadas voltar, segundo a Arcelor, preferiram permanecer no hotel.
A empresa afirma que a partir de amanhã, 11, os moradores retirados de Pinheiros terão transporte para a região. Crianças, jovens e adolescentes serão levados para escolas em Itatiaiuçu.
Em Barão de Cocais, também em Minas Gerais, onde moradores tiveram, igualmente, que ser retirados de lá na sexta-feira por risco de ruptura de outra barragem da Vale, uma nova análise da estrutura estava prevista para hoje, 10. Um laudo será emitido. Segundo a empresa, "depois do acionamento do plano de emergência, a Vale continua realizando o monitoramento das condições da barragem de quatro em quatro horas. A última verificação realizada pela equipe da Vale não detectou nenhuma anormalidade".
A mineradora afirma que vai implantar na estrutura "equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas". A empresa diz ter colocado 205 pessoas em hotéis da cidade. Outras 188 estão em casas de parentes, conforme a mineradora. As áreas esvaziadas permanecem com acesso bloqueado. As autoridades seguem tentando fazer com que 31 pessoas que se recusaram a sair de casa deixem as suas residências.
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