Josmar Jozino

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Justiça decreta prisão temporária de 3º suspeito de matar PM no Guarujá

A Justiça decretou a pedido da polícia a prisão temporária de um terceiro homem suspeito de envolvimento no assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, 30, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), morto com tiro nas costas na quinta-feira (27) durante patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá, Baixada Santista. Em Santos, uma policial militar foi baleada na manhã de hoje.

O suspeito identificado é Kauã Jason da Silva. Ele está foragido. Policiais civis apuraram que ele é irmão de Erickson David da Silva, 28, o Deivinho, apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e acusado de ser autor do disparo que matou o policial militar.

Com a identificação de Kauã já são três os suspeitos de participar diretamente da morte do soldado da tropa de elite da Polícia Militar. O terceiro é Marco Antônio de Assis Silva, 25, o Mazzaropi. Ele está preso, assim como Deivinho.

A coluna teve acesso a uma foto (ver acima) na qual Kauã aparece segurando uma pistola semiautomática. Investigadores disseram à coluna, na condição de anonimato, que a arma é a mesma utilizada na morte do soldado Reis.

O tiro contra o policial foi disparado de um bunker construído por traficantes de drogas na Comunidade da Vila Zilda, como divulgou nesta coluna. Policiais civis afirmaram que o lugar oferece aos criminosos uma visão privilegiada dos principais acessos ao local.

Segundo os investigadores, isso que permitiu que o ataque à viatura da Rota, onde Reis estava com os colegas de farda, fosse bem-sucedido. O bunker tem paredes espessas, capazes de resistir a tiroteios, possui mesas e até área para dormir.

No local, os policiais civis declararam ter encontrado material da contabilidade do tráfico de drogas do PCC e anotações com referências à facção criminosa. No bunker havia ainda objetos usados para embalar drogas, especialmente cocaína.

Em depoimento à Polícia Civil, Mazzaropi disse que quem atirou no soldado Reis foi Deivinho. Ele contou que tão logo ouviu o disparo comentou: "Deu merda". Já Deivinho acusou o comparsa Mazzaropi como o autor do tiro que matou o PM.

Formalmente, ambos negaram a autoria do crime. Deivinho disse à polícia e ao advogado Wilton da Silva Félix dos Santos que não tinha arma e que tinha ido ao local apenas para comprar drogas, porque é usuário. Ele tem três passagens por roubo e uma por formação de quadrilha.

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A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Mazzaropi e de Kauã, mas publicará a versão dos defensores de ambos se houver uma manifestação.

Depois da morte soldado Reis, ao menos 600 policiais militares foram deslocados à Baixada Santista para participar da Operação Escudo. Até agora, as ações já deixaram ao menos 12 mortos, de acordo com o governo do estado. Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), as mortes ocorreram em confrontos. Moradores, porém, relataram tortura, ameaças e execuções por partes dos policiais.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • A arma que aparece na foto que ilustra esta reportagem é semiautomática, não automática como informado na primeira versão deste texto.

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