Polícia identifica nome de suspeito de ser olheiro em morte de Gritzbach
A Polícia Civil de São Paulo identificou Kauê do Amaral Coelho, 29, como o suspeito de envolvimento no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, 38, morto a tiros em um ataque no aeroporto de Guarulhos no dia 8 de novembro.
Ele foi identificado com a ajuda das imagens de câmeras de segurança do aeroporto. Hoje pela manhã uma operação da Polícia Civil fez buscas após a Justiça decretar ontem a prisão de Kaue, mas o suspeito não foi encontrado.
A reportagem busca contato com a defesa do suspeito. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
Participação no crime
A coluna apurou que o homem estava no saguão do terminal 2 do aeroporto para acompanhar a chegada da vítima, que retornava de Maceió. Por telefone, o olheiro avisou aos executores o exato momento em que Gritzbach deixava o local.
Assim que os atiradores recebem o aviso do comparsa que estava dentro do saguão do aeroporto, o Gol preto sai bem devagar e passa pelo ônibus. Dois homens armados descem do automóvel, bem frente a Gritzbach, e disparam contra ele. A morte foi instantânea.
Quando o informante deu o sinal aos comparsas, Gritzbach atravessava a faixa com a a namorada dele, Maria Helena Paiva Antunes, 29. O soldado da Polícia Militar, Samuel Tillvitz da Luz, 29, um dos escoltas do empresário, estava armado, ao lado dele.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) apurou que atiradores levaram apenas sete segundos para matar Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), com 10 tiros de fuzis no aeroporto internacional de Guarulhos.
O suspeito de ser o olheiro é um traficante de drogas. Segundo a polícia, o homem ainda deu fuga para os atiradores quando eles trocaram de carro. Agentes do departamento disseram à reportagem que a ação foi planejada, ensaiada e sincronizada.
Os policiais conseguiram novas imagens sobre a dinâmica do crime e também do Gol preto usado na ação. O veículo dá três voltas no entorno do setor de desembarque do terminal 2. Depois para atrás de um ônibus estacionado da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
O Gol preto pertencia a uma mulher, moradora no Conjunto Habitacional Teotônio Vilela, na região de Sapopemba, na zona leste paulistana. Ela vendeu o carro para um homem. O novo proprietário foi ouvido no DHPP e a participação dele no crime foi descartada.
Semana decisiva
A força-tarefa criada para investigar o assassinato de Gritzbach fará uma coletiva hoje para dar mais detalhes das investigações. Há expectativa de que ficaram prontos os testes de DNA relacionados aos materiais genéticos e digitais coletados no Gol preto e nas armas e objetos abandonados pelos atiradores.
Agentes da força-tarefa afirmaram que peritos da Polícia Científica coletaram materiais suficientes para realizar os exames. O DNA é uma ferramenta essencial para a perícia e será usado para tentar identificar os autores do crime.
Os peritos também irão analisar os telefones celulares apreendidos com os cinco policiais militares da escolta de Gritzbach, incluindo o do soldado Samuel; da namorada do empresário; do motorista Danilo Lima Silva, 35; e o aparelho da própria vítima.
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Quero receberAlém de delatar integrantes da cúpula do PCC envolvidos com lavagem de dinheiro, o empresário também acusou policiais civis de corrupção, entre eles um delegado e dois investigadores do DHPP. Depois disso passou a sofrer ainda mais ameaças de morte.
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