Bombeiros apostam em cães farejadores à procura de vítima de desabamento em SP
O Corpo de Bombeiros de São Paulo aposta nas atividades de busca com o auxílio de cães farejadores para tentar encontrar sobreviventes da tragédia do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo. O prédio de 24 andares desabou depois de um incêndio na madrugada desta terça-feira (1º).
Segundo o porta-voz da corporação, capitão Marcos Palumbo, a corporação ainda aguardará 48 horas para utilizar os cães farejadores no perímetro mais sensível do desabamento, já que é necessário resfriar os escombros e também reduzir os impactos sonoros.
O militar explicou que pedirá, inclusive, que os helicópteros se afastem para que o barulho não atrapalhe o trabalho dos animais.
Palumbo afirmou que os cães têm "sensação olfativa e auditiva milhares de vezes maior do que o ser humano", e por isso são fundamentais para a continuidade das buscas. Além dos animais, o Corpo de Bombeiros também utilizará maquinário especializado, como retroescavadeiras.
Palumbo explicou que há apenas uma vítima sob os escombros --um homem que já estava em processo de resgate quando o prédio desabou.
Por outro lado, o porta-voz da corporação ressalvou que não estão descartadas mais vítimas, uma vez que 45 pessoas ainda não foram localizadas pela prefeitura no cadastro de famílias que habitavam o prédio.
317 pessoas já encontradas
Ao todo, segundo cálculo da prefeitura, 317 pessoas, de 118 famílias, foram contabilizadas hoje. “Mas 45 ainda não entraram na contagem“, declarou Palumbo.
"O prazo é de 48 horas para que não se mexa nos escombros pela possibilidade de ter uma vítima lá dentro. A gente não pode entrar com máquinas e tirar os escombros de forma aleatória", disse Palumbo, que destacou que o homem que caiu durante o resgate, na madrugada, não é dado como morto. "Eu tenho vítima desaparecida, não vítima em óbito."
Ele disse que, durante essas 48 horas, será feito um trabalho manual, de busca a possíveis sobreviventes. Quase 100 bombeiros estão envolvidos na operação, que, segundo Palumbo, continuará à noite, com a ajuda de holofotes que chegarão ao local.
A estimativa do Corpo de Bombeiros é que o trabalho de resgate e rescaldo dure, pelo menos, uma semana e que o número exato de possíveis vítimas só será definido depois disso e do trabalho da assistência social.
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