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Malásia diz que avião emitiu sinal final antes de desaparecer

Do UOL, em São Paulo

25/03/2014 09h03Atualizada em 14/04/2014 19h46

Dados de satélite que confirmaram que um avião da Malásia desaparecido há mais de duas semanas caiu no oceano Índico incluem um sinal eletrônico final que ainda está sendo investigado, disse o ministro interino do Transporte da Malásia, Hishammuddin Hussein, nesta terça-feira (25).

"Há evidência de uma comunicação parcial entre a aeronave e uma estação em terra às 00h19 [horário de Greenwich]", disse Hussein em entrevista coletiva. "Nesse horário, essa transmissão não é compreendida e está sujeita a mais trabalhos que estão em andamento."

O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, disse que análise de dados de um satélite da empresa britânica Inmarsat revelou que o voo MH370, da Malaysia Airlines, que desapareceu enquanto ia de Kuala Lumpur a Pequim no dia 8 de março, caiu distante de sua rota no sul do Índico.

Análises preliminares dos dados do satélite foram capazes apenas de colocar a posição final da aeronave em um dos dois vastos arcos que vão do mar Cáspio até o sul do oceano Índico.

Pressão chinesa

País original de 154 dos 239 passageiros que estavam no voo, a China agora pressiona tanto a Malásia quanto a companhia aérea para que dê mais informações sobre o caso e pede que revele as evidências do acidente.

O vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Xie Hangsheng, disse ao embaixador da Malásia em Pequim nesta segunda-feira (24) que a China estava exigindo que a Malásia entregue todas as análises de dados de satélites relevantes sobre o avião desaparecido, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Xie se reuniu com o embaixador depois que Razak, citando novos dados de satélite, disse que o voo, que desapareceu mais de duas semanas atrás a caminho de Pequim, caiu.

A conclusão de que o voo caiu em uma região remota no meio do oceano Índico e de que não há sobreviventes baseada em dados de satélite e sem o avistamento da aeronave confirmado encerrou um capítulo importante desta história, mas levanta outras suspeitas: onde está o avião e por que ele teria caído tão distante da rota original?

Nesta terça, uma delegação do governo malaio partiu para a China para se reunir com os parentes dos passageiros do avião desaparecido a fim de apaziguar as tensões causadas pelas últimas pistas sobre o acidente.

O executivo-chefe da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse em entrevista coletiva que a delegação explicará com mais detalhes aos parentes os últimos dados sobre o voo.

A declaração de Ahmad ocorre depois que uns 200 parentes dos 154 passageiros chineses do avião fizeram uma manifestação em frente à Embaixada da Malásia em Pequim para exigir "provas indubitáveis" sobre o acidente.

Além disso, os parentes estavam enfurecidos porque muitos conheceram a informação por uma mensagem de celular enviada pela companhia aérea.  (Com agências internacionais)

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