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Ex-premiê da Malásia acusa CIA de esconder dados sobre voo MH370

Do UOL, em São Paulo

19/05/2014 14h49

O ex-primeiro-ministro da Malásia Mahathir Mohamad, 88, afirma que a CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, tem informações sobre a localização do avião da Malaysia Airlines que desapareceu há dois meses com 239 pessoas a bordo.

A afirmação foi feita por Mohamad, que foi premiê entre 1981 e 2003, em seu blog pessoal. Segundo ele, a CIA pode ter colocado remotamente a aeronave do voo MH 370 em piloto automático em caso de sequestro -- e não está disposta a revelar essas informações.

“Caso terroristas tenham sequestrado o voo, agências governamentais como a CIA podem ter tomado o controle remotamente por conexões via rádio ou satélite”, escreveu o ex-primeiro-ministro malaio.

Mohamad sustenta que “aviões simplesmente não desaparecem, principalmente porque há poderosos sistemas de comunicação, monitoramento via rádio e satélites, além de câmeras operando ininterruptamente”.

Para ele, o sistema de comunicação da aeronave “simplesmente foi desligado”. “Caso contrário, o voo MH370 teria sido detectado normalmente por satélites que normalmente fornecem informações de voos comerciais, incluindo dados e localização, tipo de aeronave, número do voo, aeroporto de partida e de destino.”

Mas todos esses dados, prossegue Mohamad, “simplesmente desapareceram de todas as telas de radares”.

As afirmações de Mohamad ocorrem depois que o atual premiê malaio, Najib Razak, descreveu à CNN como “bizarra e inacreditável” a localização dos destroços da aeronave desaparecida no oceano Índico.

Autoridades da Malásia, da Austrália e da China se reuniram na semana passada para discutir o futuro da operação de busca pelo voo MH 370.

Livro sugere que voo foi ‘derrubado’

Um livro lançado nesta segunda-feira (19) no Reino Unido sugere que o avião da companhia aérea Malaysia Airlines pode ter sido derrubado acidentalmente durante exercícios militares dos Estados Unidos e Tailândia.

"Flight MH370 - the Mystery", escrito pelo jornalista e escritor anglo-americano Nigel Cawthorne, afirma que o acidente foi encoberto e que inclusive foram fornecidos dados confusos para desviar a busca da aeronave para locais errados, segundo publicaram nesta segunda jornais britânicos sobre o livro.

Cawthorne sustenta a teoria no depoimento de um funcionário de uma plataforma petrolífera da Nova Zelândia, Mike McKay, que assegurou ter visto um avião em chamas cair no golfo da Tailândia.

Além disso, no momento em que se perdeu a comunicação com o piloto, no mar da China, eram realizados exercícios militares, segundo Cawthorne diz em seu livro.

Segundo Cawthorne, que vive em Londres, os países envolvidos nos exercícios militares puderam encobrir as provas enviando as equipes de resgate para lugares errados.

"Depois de tudo, não se encontraram destroços no oceano Índico, o que em si mesmo é suspeito", argumenta o autor.

O escritor especula, além disso, que a caixa-preta pode ter sido lançada na costa da Austrália para confundir as equipes de busca. (Com "Daily Mail" e Efe)

Entenda como funcionam as caixas-pretas dos aviões