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Malaysia Airlines defende plano de voo e manutenção de avião

Do UOL, em São Paulo

18/07/2014 10h51Atualizada em 22/07/2014 07h39

A companhia aérea Malaysia Airlines defendeu em nota divulgada nesta sexta-feira (18) o plano de voo adotado pelo Boeing 777 que foi derrubado por um míssil no leste da Ucrânia, palco de conflitos com separatistas russos.

De acordo com a empresa, o plano de voo foi aprovado pelo Eurocontrol, órgão responsável por definir as rotas aéreas em território europeu.

O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros. A Malaysia Airlines perdeu contato com a aeronave às 11h15 (horário de Brasília), e que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano, a 30 km de Tamak.

Ao todo, eram 283 passageiros --sendo três crianças-- mais 15 tripulantes. Ninguém sobreviveu.

Entre as nacionalidades, estavam 189 holandeses, 44 malasianos (sendo 15 da tripulação mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense, um neozelandês e um chinês de Hong Kong. Outros 4 passageiros ainda não tiveram a nacionalidade divulgada.

"A rota no espaço aéreo ucraniano em que o incidente ocorreu é comumente usada em voos da Europa para a Ásia. Um voo de uma companhia distinta estava na mesma rota no momento do incidente com o MH17, assim como um número de outros voos de outras companhias nos dias e nas semanas anteriores", diz a nota.

"Em abril, a Organização Internacional de Aviação Civil identificou a área sobre a península da Crimeia como arriscada. Em nenhum momento o MH17 sobrevoou ou pediu para sobrevooar essa área", acrescentou a nota.

O comunicado explica ainda que o plano de voo do MH17 pedia autorização para voar numa altitude de 35 mil pés sobre o território ucraniano.

"No entanto, ao entrar no espaço aéreo ucraniano, o MH17 foi instruído pelo controle de tráfego aéro ucraniano a voar numa altitude de 33 mil pés", disse ainda a empresa.

Manutenção

Huib Gorter, chefe da Malaysia Airlines na Europa, informou que a aeronave estava em plenas condições técnicas, sendo que a última vistoria de manutenção foi realizada no dia 11 de julho.

O Boeing 777 tinha 17 anos de uso e todos os seus sistemas de comunicação estavam em funcionamento normal no momento da queda, aifrmou Gorter em uma entrevista no aeroporto de Schipol, em Amsterdã.

"É um incidente trágico que poderia ter acontecido com qualquer um de nós", afirmou.

A Malaysia Airlines, bem como outras companhias, anunciou que não usará mais a rota.