Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega ao seu terceiro dia com militares russos atacando a capital Kiev em várias frentes e um cenário de batalha nas ruas da cidade. Durante a madrugada, houve registros de tiros e bombas próximos à sede do governo ucraniano e, já no período da manhã de hoje, a Rússia confirmou que disparou mísseis contra estruturas militares ucranianas.
Sob comando do presidente Vladimir Putin, as tropas russas entraram em Kiev por volta das 13h50 de ontem (horário local), confirmou o prefeito Vitaliy Klitschko. A Rússia reclama de uma eventual adesão da Ucrânia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo a Rússia e a Ucrânia
- Segundo informações do Ministério da Saúde da Ucrânia, desde o início da ofensiva russa ao país, ao menos 198 pessoas já morreram, entre elas três crianças. Já os feridos são 1.115, mas o comunicado não é claro se se trata apenas de civis ou também de militares. O governo ucraniano informou que 3.500 soldados russos foram mortos e outros 200 acabaram presos em confrontos no país.
- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descartou hoje a possibilidade de rendição aos ataques da Rússia. A declaração ocorre um dia após um porta-voz de Zelensky anunciar que a Ucrânia havia aceitado negociar um cessar-fogo. "Não baixaremos as armas", disse.
- Em outro pronunciamento, Zelensky disse também que as forças de segurança da Ucrânia ainda controlam Kiev. Segundo ele, os militares ucranianos estão resistindo às ofensivas russas "com sucesso" e "vão vencer" a guerra. Estimativa dele é que a Ucrânia tem mais de 100 mil "invasores".
- Um prédio residencial em Kiev foi atingido por um míssil na manhã de hoje. Autoridades russas confirmaram ter lançado os projéteis, mas disseram ter como alvo apenas estruturas militares ucranianas. Segundo a Defesa da Rússia, já foram destruídas 821 estruturas militares da Ucrânia.
- O órgão de controle das comunicações da Rússia ordenou aos veículos da imprensa que suprimam de seu conteúdo qualquer referência a civis mortos no conflito na Ucrânia e proibiu os termos "invasão", "ofensiva", ou "declaração de guerra".
- O presidente da França, Emmanuel Macron, alertou que a guerra na Ucrânia "vai durar" e disse que "é preciso se preparar". Ele afirmou que seu governo trabalha nos ajustes de um plano de "resiliência" para enfrentar as consequências econômicas desta crise.
- Com a escalada da tensão em Kiev, as principais cidades do mundo registraram protestos contra os ataques da Rússia à Ucrânia. Alguns manifestantes fizeram cartazes comparando Putin a Adolf Hitler.
- A Polônia informou que, desde o início dos ataques russos, cerca de 100 mil pessoas entraram no país vindo da Ucrânia. Migrantes estão recebendo comida e assistência médica.
- A Embaixada Brasileira em Kiev, na Ucrânia, recomendou aos brasileiros que usem abrigos para fugir de ataques aéreos neste sábado (26).
- Um grupo de civis desarmados na Ucrânia tentaram impedir hoje o avanço de tanques da Rússia na cidade de ucraniana de Chernigov, localizada a 150 quilômetros ao norte da capital Kiev.
- A Rússia acusou hoje a Ucrânia de ter arruinado uma trégua ao se negar a negociar no terceiro dia da invasão do país vizinho lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
- A Força Aérea Brasileira (FAB) informou neste sábado (26) que deixou dois aviões de prontidão para possível resgate de brasileiros evacuados da Ucrânia. Muitos estão fugindo para fronteiras com outros países.
- O Exército da Rússia recebeu ordens para expandir sua ofensiva contra a Ucrânia. A decisão acontece, segundo os russos, devido as rejeições de Kiev para negociações.
- O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou neste sábado (26) mais US$ 350 milhões em assistência militar à Ucrânia para lutar contra a invasão russa.
- Países como Alemanha, República Tcheca e Holanda afirmaram que vão enviar armas e munições para a Ucrânia.
- Em novo pronunciamento, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o apoio da Suíça, Grécia e da Holanda de retirar a Rússia do Swift - o sistema de transferências internacionais que conecta bancos ao redor do mundo.
- O alto comissário para refugiados da ONU disse hoje que mais de 150 mil pessoas já deixaram a Ucrânia: metade dos refugiados foram para Polônia, mas Hungria, Moldávia e Romênia também estão recebendo ucranianos.
- Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a posição do Brasil sobre a guerra na Ucrânia foi manifestada "através dos canais adequados para isso, como o Conselho de Segurança da ONU", mas evitou citar a Rússia.
- Um oficial militar da Otan afirmou hoje à CNN Internacional que a Rússia está avançando devagar na Ucrânia para ter tempo de negociar e também porque suas tropas estão "tendo problemas", como falta de diesel.
- Em um comunicado divulgado hoje, a Comissão Europeia disse que a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá se comprometem a tirar os bancos russos do Swift -- o sistema de transferências internacionais que conecta bancos ao redor do mundo
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.