Guerra da Rússia-Ucrânia

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Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 08h17Atualizada em 09/03/2022 20h18

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa hoje duas semanas com a retomada da evacuação de civis ucranianos em cidades atingidas por ataques e bombardeios de tropas russas. Os corredores humanitários foram reabertos hoje após os dois governos fecharem acordo de cessar-fogo.

A situação está mais crítica em cidades como Mariupol e Volnovakha, que estão cercadas há dias pelas Forças Armadas da Rússia, além de Sumy, alvo de três ataques ontem.

Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:

A Ucrânia denunciou um ataque russo a uma maternidade em Mariupol, no sudoeste do país. A cidade está devastada, como mostram imagens de satélite;
Segundo o assessor do prefeito de Mariupol, cerca de 1,3 mil civis já morreram na cidade. Lá, os mortos estão sendo enterrados em valas comuns;
Antes a OMS já havia registrado 18 ataques ao sistema de saúde ucraniano, como hospitais, ambulâncias e centros de saúde, dos quais decorreram pelo menos 10 mortes;
O diplomata ucraniano David Arakhamia relatou que 40 mil pessoas deixaram a Ucrânia hoje;
Segundo o ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko, as pessoas que ainda estão no país estão derretendo neve para terem água;
A Rússia disse que os Estados Unidos estocam "componentes de armas biológicas" na Ucrânia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a Rússia não quer derrubar o governo ucraniano;
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de tortura por bombardeios a regiões de corredores humanitários. Ele também disse que uma zona de exclusão aérea é necessária para evitar uma catástrofe humanitária;
Zelensky falou ainda que os ucranianos também estão lutando pelos demais países europeus na guerra contra a Rússia;
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) disse que perdeu comunicação com usinas de Chernobyl e Zaporizhzhia;
O chefe da ONU para assuntos relacionados a energia atômica disse, em entrevista à BBC, que "há risco de acidente nuclear" na Ucrânia. A organização estima que até 2,2 milhões de pessoas fugiram do território ucraniano;
A Ucrânia diz que está pronta pra uma solução diplomática para a guerra, mas sem ceder território à Rússia;

Os EUA enviaram duas baterias de mísseis Patriot à Polônia para defesa contra possíveis ataques à Otan. O Congresso americano também chegou a um acordo bipartidário para alocar 13,6 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia
O secretário de Estado americano, Anthony Blinken chegou a dizer que discutia com a Otan a possibilidade de envio de caças para a Ucrânia. Mais tarde, porém, o Pentágono afirmou que não apoia a transferência de caças adicionais;
A Alemanha certamente não vai mandar aviões de guerra para a Ucrânia, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz.

O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que buscou brasileiros que fugiram da Ucrânia já deixou a Polônia rumo ao Brasil;
O presidente Jair Bolsonaro publicou nas suas redes sociais um vídeo no qual conversa com os brasileiros que foram resgatados.

The New York Times, BBC e CNN anunciaram a suspensão das suas operações na Rússia;
A Heineken e a Ferrari anunciaram que vão suspender suas vendas na Rússia devido à guerra na Ucrânia. A empresa do ramo cervejeiro tem 1.800 funcionários no país;
A União Europeia anunciou novas sanções à Rússia e Belarus após a invasão da Ucrânia, incluindo a exclusão de três bancos belarussos da plataforma financeira internacional Swift;
O Kremlin disse que os EUA travam uma "guerra econômica" contra a Rússia após Biden anunciar o banimento da importação de petróleo, gás e carvão russos;
O Fórum Econômico Mundial, que será realizado em Davos, na Suíça de 22 a 26 de maio, decidiu suspender suas relações com a Rússia e não manterá vínculos com pessoas ou entidades sujeitas a sanções;