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Advogados questionam testemunha sobre grampos telefônicos em audiência de Goiânia

Lourdes Souza e Rafhael Borges

Do UOL, em Goiânia

24/07/2012 14h19

Após o depoimento do policial federal Fábio Alvarez, primeira testemunha a depor na manhã desta terça-feira (24) no Tribunal da Justiça Federal, em Goiânia, a defensora de Carlinhos Cachoeira, Dora Cavalcante, foi a primeira a fazer perguntas.

Sobre qual o sistema utilizado para as interceptações telefônicas, o agente da PF informou que foi o Guardião, que recebe dados e os armazena, por meio do desvio de uma ligação.

A respeito da acusação dos encontros fortuitos de Cachoeira, como o que mostrou a relação do ex-senador Demóstenes Torres com o bicheiro, Alvarez disse que eles foram encaminhados às autoridades policiais específicas para que tomassem as providências necessárias.

“Se não tinha relação com os jogos ilegais, as provas não eram juntadas ao inquérito da Operação Monte Carlo”, afirmou o policial

Ricardo Saied, advogado de Lenine Araújo, questionou a atuação do agente apenas na coleta de dados e diligências. O defensor disse entender que as funções eram extrapoladas e que, muitas vezes, eram necessários peritos criminais, que não teriam atuado.

O agente explicou que, pela agilidade da atividade policial, muitas ações não teriam como passar por todos os trâmites, até porque algumas ocorriam sem nenhuma previsão.

Ney Moura Teles, advogado de Wladimir Garcêz, contestou que durante as perguntas do MPF a testemunha se lembrava de tudo, e que nos questionamentos das defesas “a memória não era tão boa”.