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Coronavírus: Últimas notícias e o que sabemos até esta sexta-feira (15)

Do UOL, em São Paulo

15/05/2020 13h14Atualizada em 15/05/2020 19h17

Em meio à pior semana do Brasil no número de casos e de mortes registrados por conta da pandemia do novo coronavírus, o país enfrentará mais uma troca no Ministério da Saúde. Hoje, o então comandante da pasta, Nelson Teich, pediu demissão do cargo, no qual entrou como substituto de Luiz Henrique Mandetta, há menos de um mês.

A bomba vem um dia depois das notícias de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passaria por cima de decisões do ministro para recomendar o uso da cloroquina em casos da covid-19.

Enquanto Teich anunciava sua demissão, Bolsonaro estava participando do lançamento de uma campanha de conscientização contra a violência doméstica feita pelo Ministério da Mulher e da Família.

Jair Bolsonaro e Nelson Teich - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Assim como Mandetta, Teich enfrentou dificuldades para manter uma agenda que não casava com a do presidente. O ministro falou em favor do isolamento social e contra o uso sem cautela da cloroquina, mas o discurso de Bolsonaro seguiu na contramão das recomendações da pasta e da Organização Mundial da Saúde, ainda que os casos confirmados e óbitos tenham subido em níveis preocupantes.

As reações foram imediatas na classe política. Mandetta tuitou que os brasileiros devem "orar". O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou: "Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir fazer um trabalho sério com sua interferência nos ministérios e na Polícia Federal". Já João Doria acusou Bolsonaro de atrasar a ajuda a estados e chamou a atitude de "deplorável".

Houve panelaços no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Militares tentam emplacar nome; general assume interinamente

As divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro da Saúde Nelson Teich, que vinham crescendo ao longo dessa semana e culminaram com a saída do breve ministro, já fez os auxiliares militares do governo se mobilizarem pelo nome do secretário-executivo da pasta: o general de divisão Eduardo Pazuello.

"Estamos na torcida", disse um auxiliar palaciano, à coluna de Carla Araújo no UOL.

General Pazuello: Saiba quem é o novo ministro interino da Saúde - Valter Campanato/Agência Brasil - Valter Campanato/Agência Brasil
Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Homem de confiança de Bolsonaro Pazuello assume interinamente o comando do ministério. Desde 22 de abril, ele vinha atuando como secretário-executivo da Saúde, a pedido de Bolsonaro, para coordenar a transição na Saúde.

Em sua primeira entrevista na condição de secretário, Pazuello disse que, apesar da curva ascendente de mortes e casos registrados de covid-19 no país, a situação estava "mais fácil" para a gestão Teich em comparação com a do seu antecessor.

Exame de Bolsonaro ainda gera dúvidas

O laudo do terceiro exame para covid-19 entregue pela Presidência ao STF, não possui CPF, RG, data de nascimento nem qualquer outra informação que o vincule a Jair Bolsonaro. No documento, assinado por uma médica do laboratório Fiocruz, e atribuído pela Advocacia-Geral da União a Bolsonaro, consta apenas a informação de que ele se refere ao "paciente 05". Os três exames apresentaram resultado negativo.

Por causa disso, advogados do estado de S. Paulo decidiram requerer, junto à 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, que a Fiocruz informe como é possível garantir que a amostra do "paciente 05" seja a do presidente Bolsonaro. O tribunal é o mesmo que determinou em abril que a União desse ao jornal acesso em 48 horas aos testes de covid-19 do presidente.

Vizinhos veem Brasil como risco

Com a extensão territorial e a importância política e econômica que tem na América Latina, o Brasil virou uma ameaça e um exemplo a ser evitado. Esta é a visão de países vizinhos, que tem mostrado olhar crítico para a forma como o governo federal brasileiro atua em relação à pandemia do coronavírus.

Ao contrário do Brasil, os demais países na região adotaram o isolamento total e obrigatório, o chamado lockdown, há dois meses. Alguns, inclusive, estabeleceram toque de recolher. Todos seguiram as orientações da Organização Mundial da Saúde e agora sentem que a ameaça mora ao lado, do lado brasileiro da fronteira, aponta reportagem da agência RFI.

Os vizinhos protegem-se com medidas para redobrar o controle nas fronteiras. Quem entra pelo Brasil, passa por um controle mais estrito. Precisa ficar em quarentena por 14 dias e é monitorado pelas autoridades. Se for caminhoneiro, é controlado ao longo do percurso.

"Tomamos a decisão de militarizar os pontos de fronteira", anunciou o presidente colombiano, Iván Duque. A Colômbia tem 525 falecidos e uma taxa de letalidade de 3,86%.

presidente argentina - Gonzalo Fuentes/Reuters - Gonzalo Fuentes/Reuters
Presidente argentino Alberto Fernandez
Imagem: Gonzalo Fuentes/Reuters

Os países amazônicos observam preocupados o que acontece em Manaus, à beira de um colapso sanitário e funerário.

A maior preocupação, no entanto, acontece no Paraguai, no Uruguai e na Argentina, países com forte vínculo com o Brasil e com intenso fluxo de mercadorias. No Paraguai, a fronteira está fechada, mas os paraguaios podem retornar. E foi assim que o número de contagiados cresceu na semana passada: com os que chegaram do Brasil, muitos positivos. Quem entra, fica em quarentena em albergues na fronteira.

Reações dos governos

Há uma semana, o presidente paraguaio, Mario Abdo, aliado de Bolsonaro, disse que "o Brasil é uma grande ameaça para o Paraguai" porque "talvez seja o lugar com maior expansão do coronavírus no mundo".

O presidente argentino, Alberto Fernández, opositor político de Bolsonaro, repete sempre que "está muito preocupado":

O governo brasileiro não enfrenta o problema com a seriedade que o caso requer"

Mais de 218 mil casos no Brasil

O Brasil já tem mais de 218 mil pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus. Segundo boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, foram contabilizados 218.223 casos confirmados de covid-19 no país. Em 24h, foram 15.305 novos diagnósticos.

O número de mortes atualizado, por sua vez, é de 14.817, com 824 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade de 6,8%. Outras 2.300 mortes estão em investigação.

Os estados com mais registros de covid-19 não mudaram de posição: São Paulo, o mais afetado pela doença, soma 58.378 casos confirmados, seguido por Ceará (22.490) e Rio de Janeiro (19.987).

Novidades no auxílio emergencial

O governo publicou hoje o calendário do pagamento da 2ª parcela do auxílio emergencial de R$ 600, mais de duas semanas após a data prometida para o início do pagamento. Serão dois calendários, ambos levando em conta a data de nascimento do trabalhador.

Um deles começa em 20 de maio, para o depósito na poupança digital da Caixa. Nesse caso, os valores poderão ser usados apenas para pagamento de contas e boletos e para compras por meio de cartão de débito virtual. O segundo calendário, que começa em 30 de maio, é para o saque do auxílio em dinheiro nas agências da Caixa.

Jair Bolsonaro também sancionou com vetos a lei que amplia as pessoas aptas a receberem a quantia durante o período da pandemia do coronavírus. Com a sanção presidencial, passam a ter acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 as mães menores de 18 anos.

Entre os vetos do presidente estão a ampliação do benefício aos profissionais informais que não estão inscritos no Cadastro Único e a possibilidade de homens solteiros chefes de família receberem o auxílio em dobro (R$ 1.200).

saga - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
A história da diarista Maria Alves, 58, ilustra a dificuldade de milhões de brasileiros que estão em busca do auxílio emergencial de R$ 600
Imagem: Arquivo Pessoal

Reportagem da BBC mostra a saga para conseguir o auxílio emergencial. Há pessoas sem CEP e sem celular, que têm sérias dificuldades de conseguir um dinheiro que define se ela terá ou não o que comer.

SP: Lockdown já é questão de tempo

O Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo já manifestou duas vezes ao governo do estado a necessidade de medidas para aumentar a restrição sobre a circulação de pessoas na região metropolitana da capital. A ponderação foi feita em duas reuniões com autoridades estaduais, uma realizada ontem e outra na quarta-feira.

Diante do alerta, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), e o governador do estado, João Doria (PSDB), iniciaram conversas sobre a possibilidade de lockdown na cidade de São Paulo. Na coletiva de hoje, Doria afirmou que os protocolos estão prontos, mas ainda não serão usados.

Outra questão a ser tratada é sobre quem vai puxar a frente no aumento das restrições de circulação. O estado estaria disposto a liberar as cidades para adotar as providências que julgarem necessárias e atuaria para garantir o cumprimento da determinação. Um exemplo seria o município de São Paulo determinar lockdown, e a Polícia Militar fazer a fiscalização.

Mas a prefeitura da capital entende o inverso. Argumenta que é preciso ser uma medida capitaneada pelo governo estadual, garantindo, assim, a adesão de todos os municípios. A visão é que, do ponto de vista sanitário, seria ineficaz fechar tudo na cidade e, a poucas quadras, em municípios vizinhos, o comércio continuar funcionando.

DF: Justiça autoriza reabertura gradual

A Justiça Federal autorizou hoje o Governo do Distrito Federal a reabrir gradualmente o comércio, observando diretrizes para evitar a disseminação do novo coronavírus e com etapas a serem cumpridas a cada 15 dias. A data para início da flexibilização e a programação ainda serão confirmadas pelo governo.

Hoje, uma operação investiga irregularidades no contrato sem licitação de empresas que administram leitos de hospital de campanha no DF. Há suspeita de direcionamento ao ser contratada empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, que deve ser inaugurado nos próximos dias.

"A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos", explica a CGU.

PA: Banda do Exército toca em meio ao lockdown

Em vídeo postado no Twitter hoje, uma banda do Exército aparece tocando na Praça Batista Campos, uma das principais do centro de Belém, em meio ao lockdown, que completa oito dias no Pará.O vídeo foi feito de dentro de uma farmácia e mostra pessoas na praça, que é bastante usada para a prática de exercícios na capital paraense.

"É sério que tá tendo desfile em plena quarentena? Você acredita nisso?", questiona a pessoa que gravou."Belém é louco demais, é gente passeando na rua", completa.

RJ: Estado tem recorde de mortes de enfermeiros

Os hospitais do Rio de Janeiro são os que registram mais mortes de enfermeiros e técnicos de enfermagem no país por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Com 29 óbitos, o estado superou São Paulo, que tem 27 casos. Ao todo, o país acumula 112 mortes, incluindo casos confirmados e suspeitos, segundo informa o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem).

O colapso pela falta de leitos agrava os riscos enfrentados por profissionais de saúde dos hospitais do Rio, que precisam recorrer à Justiça para garantir condições mínimas de trabalho.

Para especialistas ouvidos pelo UOL, esse cenário somado à falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), ao despreparo para adotar medidas de segurança e a um quadro de funcionários abaixo do esperado —o que empurra profissionais de grupos de risco para a linha de frente no combate à pandemia— leva o Rio a encabeçar o triste ranking.

Um acampamento ilegal montado em uma área de preservação ambiental no Rio de Janeiro foi desativado pela Guarda Municipal na tarde de ontem. Eles chegaram ao local após uma denúncia anônima recebida pela Secretaria de Ordem Pública (Seop). Ele seria usado para realização de uma rave.

Eslovênia se diz livre da covid

O governo esloveno anunciou o fim da epidemia de covid-19 em seu território e reabriu suas fronteiras. Algumas medidas preventivas continuam em vigor no país da Europa Central para evitar a volta de contaminações.

A Eslovênia havia declarado a epidemia em seu território em 12 de março e é o primeiro país da União Europeia a anunciar o fim do surto. O primeiro-ministro Janez Jansa justificou a decisão afirmando, em discurso no Parlamento, que "a Eslovênia controlou a epidemia e hoje tem a melhor situação clínica na Europa" em relação à covid-19.

Mais pesquisas veem cloroquina pouco eficiente

A hidroxicloroquina, medicamento considerado uma grande esperança contra a covid-19, pode ser pouco eficaz para combater a doença, de acordo com dois novos estudos publicados hoje. O presidente Jair Bolsonaro é defensor ferrenho do uso do medicamento, a ponto de dizer que ele decidirá sobre a questão, acima de Nelson Teich, no que culminou no pedido de demissão do ministro.

Cloroquina - Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images - Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Imagem: Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas de hospitais parisienses, concluiu que a molécula não reduz os riscos de morte e de casos graves, que necessitam de respiração artificial, em doentes hospitalizados com pneumonia causada pelo coronavírus.

Um segundo estudo, realizado por uma equipe de cientistas chineses, mostra que a hidroxicloroquina não elimina o vírus mais rapidamente que outros tratamentos utilizados para tratar versões leves ou moderadas da covid-19.

Conheça o coronavírus em 3D

O Visual Science, estúdio de visualização biomédica, criou um modelo 3D do novo coronavírus (SARS-CoV-2) que agradou a alguns especialistas em biociência. O modelo é baseado em pesquisas sobre a estrutura do vírus e nas contribuições de virologistas envolvidos nos estudos.

Cores brilhantes mostram as proteínas codificadas pelo genoma e tons de cinza correspondem às estruturas retiradas pelo vírus da célula hospedeira.

A contaminação como você nunca viu: na luz negra

Um experimento conduzido pela emissora pública de televisão do Japão NHK mostrou a rapidez com que o novo coronavírus pode se espalhar em um ambiente fechado. O experimento foi realizado para mostrar como teria ocorrido a disseminação da infecção em navios de cruzeiro, onde muitos locais são compartilhados.

Para realizar o vídeo, a emissora colocou dez pessoas em um restaurante, e uma delas recebeu uma tinta fluorescente nas mãos. A intenção era simular que essa pessoa estava contaminada, tossiu nas mãos e começou a tocar nos objetos antes de higienizá-las.

Vacinas: calendário deve ser mantido

Além da necessidade de alertar a população a continuar buscando ajuda médica mesmo em casos que não tenham relação com o novo coronavírus, os médicos têm reforçado a importância de manter o calendário de vacinação em dia —especialmente para bebês e crianças.

Em 2019, o ressurgimento de doenças consideradas controladas no Brasil, como o sarampo, já havia acendido um alerta sobre a baixa cobertura vacinal e a vulnerabilidade da população brasileira. O medo agora é que, com a crise sanitária provocada pelo Sars-CoV-2, a procura por esse serviço seja ainda mais baixa, piorando a situação já considerada preocupante.

As pessoas precisam lembrar que não é apenas a vacina da gripe que deve ser tomada mesmo durante a pandemia. Existem outras que devem ser ministradas, especialmente em crianças, que costumam desenvolver quadros mais graves das doenças"
Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm

Testes em massa em Wuhan

As autoridades chinesas começaram a testar 11 milhões de habitantes para o coronavírus em Wuhan, na China. O objetivo do teste é obter o número de casos assintomáticos e testar os habitantes em 10 dias, no entanto, o início das ações foram marcadas por longas filas e horas de espera.

15.mai.2020 - Teste de coronavírus em massa próximo à uma grande fábrica em Wuhan, na China - Feature China / Barcroft Media via Getty Images - Feature China / Barcroft Media via Getty Images
15.mai.2020 - Teste de coronavírus em massa próximo à uma grande fábrica em Wuhan, na China
Imagem: Feature China / Barcroft Media via Getty Images

Apesar da indicação do governo de testar "grupos principais" como assintomáticos e pessoas que trabalham em serviços essencias, os métodos para aplicação dos testes estão sendo realizados de formas diferentes em cada local. Segundo o Guardian, está havendo confusão nos distritos sobre o prazo e requisitos para saber quem deve fazer os testes.

Mulher que vivenciou gripe espanhola se cura da covid

Sylvia Goldscholl, de 108 anos, foi diagnosticada com a covid-19 no mês passado. Hoje, ela se recuperou do novo coronavírus.

Sylvia Goldscholl, de 108 anos, venceu a covid-19 - Divulgação/Phil Murphy - Divulgação/Phil Murphy
Imagem: Divulgação/Phil Murphy

"Ela tinha sete anos durante a pandemia de gripe espanhola em 1918 e sobreviveu. No mês passado, Sylvia testou positivo para a covid-19, e agora nós podemos dizer que ela venceu", anunciou governador de Nova Jersey, Phil Murphy, que comemorou a vitória da idosa.

Sylvia Goldscholl, de 108 anos, venceu a covid-19 - Divulgação/Phil Murphy - Divulgação/Phil Murphy
Imagem: Divulgação/Phil Murphy

Cães pegam a covid. Mas eles nos passam?

Virologistas na Universidade de Hong Kong concluíram em um estudo publicado ontem na revista Nature que dois cachorros com coronavírus no país contraíram a doença de seus donos.

Os cientistas conseguiram extrair uma amostra "viva" do vírus em um cachorro da raça lulu da pomerânia — que morreu após o início da pesquisa. Por isso, o estudo é considerado a primeira comprovação inequívoca da infecção pelo SARS-CoV-2 em cães.

No entanto, a grande questão é saber se os animais podem passar a doença para seres humanos, mas a boa notícia é que nenhum deles apresentou sintomas.

JN muda fundo: resposta a Bolsonaro?

William Bonner voltou a se dirigir ao espectador nesta quinta-feira (14) para ler um texto de caráter editorial. O apresentador do "Jornal Nacional" anunciou que o painel que serve de cenário para o noticiário a respeito do assunto foi trocado.

O apresentador William Bonner diante do novo painel para notícias sobre a pandemia no JN - Reprodução - Reprodução
O apresentador William Bonner diante do novo painel para notícias sobre a pandemia no JN
Imagem: Reprodução

Em vez da imagem conhecida do vírus, agora serão exibidas rostos de brasileiros que morreram em consequência da covid-19.

Para o colunista do UOL Mauricio Stycer, a frase pareceu uma resposta da Globo a quem, como o presidente Jair Bolsonaro, considera prioritário proteger empregos, critica o isolamento social.

"Também pode ter sido uma resposta ao vice-presidente, Hamilton Mourão, que ontem criticou a mídia por, segundo ele, não refletir no noticiário a variedade de opiniões sobre a 'calamidade que vivemos'."