MH370: Local de buscas é um dos 'mais isolados' do planeta
Cinco aviões militares e civis, além de embarcações, estão envolvidos na operação de busca as buscas pelos dois objetos identificados em imagens de satélite que podem estar relacionados ao avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 8 de março com 239 ocupantes.
As buscas foram retomadas nesta sexta-feira (21); na véspera, elas tiveram de ser interrompidas por causa do mau tempo.
"Trata-se do local mais inacessível que se pode imaginar na face da Terra. Mas se há algo lá, vamos encontrar", afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em visita a Papua Nova Guiné.
"Nós devemos isso às famílias", acrescentou.
As dificuldades da região também foram ressaltadas pelo ministro da Defesa australiano, David Johnston, que em conversa com jornalistas na quinta-feira definiu o local de buscas como um dos "mais isolados do mundo".
Na quinta-feira (20), imagens de satélite identificaram objetos que podem ser destroços da aeronave a 2.500 km da cidade australiana de Perth, no sudoeste do país. Um dos objetos teria 24 metros de comprimento.
Pouca visibilidade
"As condições climáticas [na quinta] eram tão ruins que não conseguimos ver quase nada durante a viagem", resumiu o capitão do primeiro voo da Força Aérea Australiana que chegou ao lugar onde o satélite identificou os objetos.
Diante desta primeira descrição, não surpreendeu o fato de que, horas depois, a Autoridade de Segurança Marítima Australiana (Amsa) anunciou que as operações seriam suspensas até a manhã desta sexta.
$escape.getH()uolbr_geraModulos($escape.getQ()embed-lista$escape.getQ(),$escape.getQ()/2014/entenda-o-sumico-1395085526307.vm$escape.getQ())
Se as condições encontradas pelos primeiros pilotos não foram boas, a situação que os barcos de resgate devem enfrentar no mar também deve ser complicada.
O local, segundo especialistas, é um dos mais remotos do planeta.
Geoffrey Thomas, especialista australiano em assuntos aeronáuticos, disse à BBC que caso se confirme que os objetos pertencem ao avião desaparecido, a operação de resgate poderá ser definida como uma "missão impossível".
"Esta é uma das regiões mais difíceis para realizar as buscas. As ondas podem atingir 30 metros de altura e a profundidade pode chegar a 3 mil metros", afirmou.
O professor de Oceanografía da Universidade da Austrália Ocidental Chartiha Pattiaratchi disse à agência Reuters que as equipes de resgate têm de chegar a uma região conhecida como Naturalist Plateau, com área de cerca de 250 km de comprimento por 400 km de largura.
"A onde quer que vá, a profundidade é grande", acrescentou Pattiaratchi.
O oceanógrafo Gan Jianping, da Universidade de Ciencia e Tecnología de Hong Kong, disse à agência AFP que "a correnteza no local é uma das mais fortes do mundo, com movimentos rápidos de um metro por segundo".
'Esperança e desespero'
A primeira embarcação a chegar à zona de buscas foi a norueguesa St Petersburg, que foi desviada de sua rota no sul da África. Outros dois navios, um deles da Austrália, também estão a caminho.
A China também está enviando três embarcações. Segundo o Centro Nacional Marítimo de Buscas e Resgate do país, um quebra-gelo chinês ancorado em Perth também deverá se unir à missão.
Enquanto continua a incerteza quanto ao paradeiro do voo MH370, as famílias dos passageiros descreveram à BBC como têm passado os últimos dias.
"Esperança e desespero", definiu Bimal Sharma, um capitão da marinha mercante cuja irmã Chandrika estava no avião.
Sharma disse que as especulações de que o avião teria sido desviado intencionalmente lhe deram esperança de que a aeronave não tenha caído.
"É muito difícil, [são] tempos muito difíceis, de muito estresse".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.