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Gaviões da Fiel resgata enredo clássico com Sabrina Sato como rainha

Sabrina Sato, rainha de bateria da Gaviões da Fiel - Simon Plestenjak/UOL
Sabrina Sato, rainha de bateria da Gaviões da Fiel
Imagem: Simon Plestenjak/UOL

Do UOL, em São Paulo

03/03/2019 05h50

A Gaviões da Fiel encerrou o Grupo Especial do Carnaval de São Paulo resgatando um clássico do Carnaval, "A saliva do santo e o veneno da serpente", em um desfile que durou 61 minutos.

A escola fez uma reedição mais divertida e colorida do enredo de 1994 para falar do tabaco sem julgamento de valor. A composição original é do carnavalesco Raul Diniz e a nova versão foi feita por  Janos Tsukalas (Grego) e Vladimir Moura Leite (Magal).

A escola chegou ao Anhembi tentando se recuperar dos últimos resultados na elite do Carnaval. A última vez que a Gaviões conseguiu comemorar um título foi em 2007, no grupo de Acesso. Já no Grupo Especial, a agremiação foi campeã pela última vez em 2003.

Quem estreou como rainha de bateria foi a apresentadora Sabrina Sato, que desde 2004 ocupava o posto de madrinha da escola. A musa admitiu no Instagram que os preparativos são cansativos, ainda mais para ela que tem cuidar da filha Zoe, de quase três meses.

Torcida

A torcida organizada invadiu as arquibancadas do Sambódromo e até quem não é integrante da escola aderiu às bandeirinhas da Gaviões. O que parecia um jogo do Corinthians em pleno sambódromo do Anhembi contribuiu para que os primeiros raios de sol ganhassem uma nova cara. Assim que passou o abre-alas, um bandeirão surgiu nas arquibancadas e sinalizadores foram acesos para a festa dar um toque de partida de futebol.

Sabrina roubando a cena

Primeiro Carnaval como mãe, a apresentadora surgiu elegante com um traje cheio de transparências, pedrarias e penas rosas, representando as riquezas orientais. A cabeça e os ombros apresentaram peças pontudas de acrílico que a deixaram ainda mais imponente. "Eu achei linda, representa muito bem o Oriente", disse a apresentadora.

Antes de começar a sambar, Sabrina revelou que tinha dado mamar a Zoe horas antes de chegar ao sambódromo e garantiu que é uma emoção enorme ser rainha da bateria da Gaviões pela primeira vez. "Eu não podia chorar porque pensava na maquiagem. A maquiagem é a prova de água, mas o nariz abre quando chora, aí não pode", brincou Sabrina após a Gaviões encerrar sua participação.

Gavião

Como não poderia faltar, o símbolo da Gaviões da Fiel apareceu no alto do abre-alas chamado de "Livrai-me do Mal e da Traição". Se embaixo um demônio dividia as atenções com uma serpente e na lateral uma gárgula assustava, no alto um Gavião dourado batia as asas de forma imperial, quase uma despedida do Carnaval de São Paulo deste ano. 

O abre-alas da Gaviões - Simon Plestenjak/UOL - Simon Plestenjak/UOL
O abre-alas da Gaviões
Imagem: Simon Plestenjak/UOL

Santo x Demônio

A comissão de frente, planejada por Edgar Junior, mostrou um demônio lutando contra Santo Antão. A coreografia foi baseada no samba-enredo "A saliva do santo e o veneno da serpente", que interpreta o mito de que o santo foi traído por uma cobra. A luta entre o bem e o mau representa também a dualidade do tabaco, que traz malefícios e benefícios, conforme canta o enredo. "O foco [da comissão] era chocar e a gente alcançou nosso objetivo de mexer com a polêmica sobre Jesus e o Diabo", explicou Edgar. 

Figurinos

Com tema amplo, a criatividade pôde falar mais alto no desfile da Gaviões. A agremiação não ficou restrita ao preto e branco, as cores do Corinthians, e explorou tonalidades e efeitos de luz, graças aos primeiros raios de luz que invadiram o Anhembi. Muitas plumas, penas, asas e ornamentos especiais na região da cabeça também foram vistos durante o desfile da escola de samba.

Confira a letra do samba-enredo

"A saliva do santo e o veneno da serpente"

É meu santo é forte
Não adianta me picar
Sou Gavião e você pode acreditar
Que não aceito traição
E o veneno da serpente
Eu transformo em semente
É o tabaco em plantação
Erva santa curou dores
Seduziu com seus sabores
Café e rapé em Paris
A nobreza aspirava
E ficava mais feliz

Vou, vou prá Bahia
Acende a chama
No terreiro de iá iá
É a força da magia
Que me arrepia
E se espalha pelo ar

Saravá, saravá
Salve o santo guerreiro
E uma vela prá saudar
Meu São Jorge Padroeiro

Mulher, mulher, mulher
Quem te viu e quem te vê
O que embaça se perdeu virou fumaça
Liberdade prá você

É um raro prazer
Sabor de emoção
Mais não abuse
Que faz mal pro coração

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