Corpo encontrado intacto se torna a 246ª vítima identificada em Brumadinho
O corpo encontrado ontem em Brumadinho pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, no 131º dia de buscas após o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, foi identificado hoje pelo Instituto Médico Legal. Cristiano Jorge Dias, 42, era engenheiro e coordenador de obras da Reframax Engenharia, empresa que prestava serviços à Vale.
Segundo os bombeiros, o corpo da 246ª vítima localizada estava na região do Terminal de Carga Ferroviário, próximo da área administrativa e na frente de trabalho mais próxima do local do rompimento. Ele foi encontrado a cerca de nove metros de profundidade e praticamente intacto, mesmo depois de mais de quatro meses da tragédia.
Segundo tenente dos bombeiros Pedro Aihara, a explicação para o "estado de conservação bem mais adequado" se deve provavelmente ao contato com o minério explorado pela empresa.
"O rejeito de minério de ferro acaba atuando como uma espécie de barreira. Lá, o material é puramente mineral e você não tem tanta atividade orgânica. É a atividade orgânica que gera a decomposição", explica Aihara.
Ainda segundo o tenente, a "expectativa é de que outras três pessoas desaparecidas estejam na região onde foi encontrado esse corpo, se as condições de busca a sedimentação dos corpos permitirem".
Hoje, a operação do Corpo de Bombeiros em Brumadinho entrou no 132º dia, com 151 bombeiros militares trabalhando, acompanhados de três cães. Já foram encontrados 246 corpos e 24 vítimas ainda continuam desaparecidas.
Identificação do corpo
O corpo de Cristiano foi identificado devido ao serviço de inteligência, que cruzou informações e tem o perfil detalhado de todos os desaparecidos, conforme explicou Aihara.
Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil de Minas Gerais, Thales Bittencourt, a vítima tinha uma tatuagem no ombro e foi a partir dela que se iniciaram as tentativas de identificação.
"Ele tinha uma tatuagem no ombro, mas não conseguimos imagens prévias para comparação, o que impossibilitou a identificação por esse método. Tentamos a identificação por meio de digital, mas também não foi possível. Descartadas essas duas opções, partimos para a identificação por arcada dentária, com a comparação de material radiográfico obtido pelo IML", disse.
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