Facções rivais palestinas mostram unidade após cessar-fogo e comemoram "vitória" sobre Israel
Apoiadores do Hamas, grupo que controla Gaza, e do rival Fatah, partido moderado que está no poder na Cisjordânia, se reuniram em uma passeata pacífica perto do prédio do Parlamento de Gaza, que foi atingido por um ataque aéreo de Israel nesta semana.
Em rara demonstração de unidade, as bandeiras amarelas do Fatah se juntaram às flâmulas verdes do Hamas em celebração ao acordo de cessar-fogo com Israel.
O líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta quinta-feira (22) às diferentes facções palestinas que respeitem a trégua estabelecida com Israel.
"Saúdo as facções da resistência que têm respeitado o acordo desde que entrou em vigor e peço a cada uma que a respeitem e atuem em consequência", disse Haniyeh em um discurso em Gaza.
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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, do Fatah, felicitou Haniyeh por sua "vitória" após o acordo de cessar-fogo, informou um comunicado.
"Em uma conversa telefônica, o presidente Abu Mazen [sobrenome de Mahmud Abbas] felicitou Ismail Haniyeh do Hamas por sua vitória e expressou simpatia com os mártires", afirma a nota assinada pelo gabinete de Haniyeh.
Em Gaza, o negociador palestino Nabil Shaath, do Fatah, culpou Israel pela divisão da Palestina entre os dois partidos políticos e encorajou membros das duas facções a se reunirem.
"Devemos coroar nossa vitória, acabando com a divisão e expandindo nossa unidade nacional", afirmou.
Irã parabeniza palestinos
O Irã parabenizou nesta quinta-feira o povo palestino pelo que chamou de "nova vitória" sobre Israel na faixa de Gaza, região submetida a intensos bombardeios israelenses nos últimos oito dias, até que na quarta-feira (21) entrou em vigor um cessar-fogo.
Em declarações divulgadas pela agência estatal de notícias "Irna", o vice-ministro das Relações Exteriores para Assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir Abdolahian, ressaltou que, em sua opinião, a resistência palestina "deu uma resposta arrasadora" a Tel Aviv.
Com o pacto firmado, após 162 mortos e 1.300 feridos em Gaza por oito dias de bombardeios, para Abdolahian "a resistência privou os criminosos sionistas de realizarem novas agressões".
Abdolahian também declarou que Tel Aviv sofreu "outros fracassos" recentemente, entre eles em sua tentativa de destruir o eixo da resistência contra Israel no Líbano, na Síria e nos Territórios Palestinos, e em suas "manobras para derrubar o governo sírio", aliado estratégico do Irã no mundo árabe.
A República Islâmica do Irã não reconhece o Estado de Israel, o qual considera seu maior inimigo, junto com os Estados Unidos, e pede seu desaparecimento. (Com AFP e Efe)
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