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Delegação malaia vai à China para apaziguar tensões sobre voo

Do UOL, em São Paulo

25/03/2014 08h56Atualizada em 14/04/2014 19h46

Uma delegação do governo malaio partiu nesta terça-feira (25)  para a China para se reunir com os parentes dos passageiros do avião desaparecido a fim de apaziguar as tensões causadas pelas últimas pistas sobre o acidente.

O  presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse em entrevista coletiva que a delegação explicará com mais detalhes aos parentes os últimos dados sobre o voo MH370 supostamente acidentado no oceano Índico.

A declaração de Ahmad ocorre depois que uns 200 parentes dos 154 passageiros chineses do avião fizeram uma manifestação em frente à Embaixada da Malásia em Pequim para exigir "provas indubitáveis" sobre o acidente.

As famílias, que estiveram mais de duas semanas reunidas em um hotel da capital chinesa, receberam na noite de segunda (24) a informação de que uma nova análise de satélite indica que o avião caiu no Índico e  quenão há esperanças de encontrar sobreviventes.

Além disso, os parentes estavam enfurecidos porque muitos conheceram a informação por uma mensagem de celular enviada pela companhia aérea.

Nesta manhã, as autoridades malaias suspenderam a sessão informativa que realizavam diariamente com os familiares.

O responsável de Malaysia Airlines indicou que fizeram tudo "humanamente possível" para entrar em contato com as famílias para que não elas lessem a notícia na imprensa e que enviaram mensagem de texto como último recurso.

O voo MH370 da companhia aérea malásia decolou de Kuala Lumpur com 239 ocupantes com destino a Pequim na madrugada de 8 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem.

China pede evidências

O governo chinês também pressiona tanto a Malásia quanto a companhia aérea para que dê mais informações sobre o caso e pede que revele as evidências do acidente.

O vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Xie Hangsheng, disse ao embaixador da Malásia em Pequim nesta segunda-feira (24) que a China estava exigindo que a Malásia entregue todas as análises de dados de satélites relevantes sobre o avião desaparecido, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Xie se reuniu com o embaixador depois que o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, citando novos dados de satélite, disse que o voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu mais de duas semanas atrás a caminho de Pequim, caiu.

A conclusão de que o voo caiu em uma região remota no meio do Índico e de que não há sobreviventes baseada em dados de satélite e sem o avistamento da aeronave confirmado encerrou um capítulo importante desta história, mas levanta outras suspeitas: onde está o avião e por que ele teria caído tão distante da rota original?

É o que questiona a China --e também familiares de passageiros. (Com agências internacionais)$escape.getH()uolbr_geraModulos($escape.getQ()embed-foto$escape.getQ(),$escape.getQ()/2014/voo-mh370-caiu-no-oceano-indico-1395683647214.vm$escape.getQ())