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Buscas pelo voo MH370 podem ser as mais caras da aviação

Avião da Força Aérea australiana na base aérea de Pearce, que integra a missão de busca dos destroços do voo MH370, da Malaysia Airlines - Jason Reed/Reuters
Avião da Força Aérea australiana na base aérea de Pearce, que integra a missão de busca dos destroços do voo MH370, da Malaysia Airlines Imagem: Jason Reed/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/03/2014 10h13

As buscas por destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 8 de março, podem custar mais do que US$ 200 milhões anuais, tornando-se as mais caras da história da aviação. O cálculo foi feito por especialistas chineses, levando em conta a força multinacional de 26 países envolvida na operação.

Segundo o oceanógrafo Zhao Chaofang, citado pelo jornal “South China Morning Post”, o valor ficaria muito acima da busca pela caixa-preta do voo AF 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 2009.

França e Brasil investiram US$ 40 milhões nos dois anos que levaram até a recuperação da caixa-preta. Durante esse período, só foi possível recuperar 50 dos 228 corpos dos passageiros.

Novo rumo
A operação de busca aos destroços do voo MH370 sofreu uma reviravolta com mudanças na área de busca das equipes internacionais. A área abrange 319.000 km quadrados –uma área equivalente em tamanho à Polônia. A expectativa é que destroços registrados por imagens de satélites possam ser recuperados para iniciar as investigações sobre as razões para a queda do avião.

Nesta sexta-feira (28), dez aeronaves e seis navios participam da busca ao Boeing 777-200 da Malaysia Airlines. A expectativa é que as condições climáticas sejam bem mais favoráveis do que nos últimos dias, quando a operação teve de ser suspensa devido a ventos fortes, chuva e ondas altas. Os esforços multinacionais de busca continuam sendo liderados pela Austrália.

O ministro interino dos Transportes da Malásia, Hishamumuddin Hussein, afirmou que a preocupação maior é tentar encontrar os destroços avistados pelos satélites para identificar se realmente pertencem ao voo MH370. Ele disse ainda que toda a tecnologia disponível será usada para encontrar a caixa preta do avião. As caixas-pretas têm baterias para 30 dias, mas Hishamudin prometeu que a busca continuará além desse prazo, se necessário. O governo americano enviou uma máquina que detecta caixas-pretas.

(com informações das agências internacionais)