Após cessar-fogo, premiê israelense diz que Hamas "está isolado politicamente"
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país não concordou em atender “nenhuma das pré-condições” apresentadas pelo Hamas para o cessar-fogo na faixa de Gaza, destacando que o grupo palestino “está isolado politicamente”.
A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), dia seguinte à declaração de cessar-fogo que terminou com 50 dias de conflito entre grupos armados palestinos e as Forças Armadas Israelenses. Mais de 2.100 palestinos e 70 israelenses foram mortos pelos ataques mútuos, que também deixaram a faixa de Gaza destruída.
Em Israel, o primeiro-ministro enfrenta duras críticas devido a sua atuação no mais longo e violento confronto entre israelenses e palestinos em uma década.
Em jornais locais, comentaristas expressaram a “decepção” os resultados das negociações com palestinos e até pediram sua renúncia. Netanyahu também enfrenta constante pressão de ministros direitistas em seu gabinete por uma ação militar para retirar o Hamas do poder na faixa de Gaza.
“O Hamas foi mortalmente atingido. Acredito que o Hamas está isolado politicamente”, disse Netanyahu, acrescentando que “milhares de mísseis” puderam ser destruídos durante os dias da ofensiva israelense.
Entre os pontos não aceitos e propostos pelo Hamas, estariam a questão da reabertura do porto e aeroporto na faixa de Gaza, além da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Netanyahu disse ainda considerar a ofensiva armada “um sucesso” do ponto de vista militar e político, principalmente, “abrindo um novo horizonte para Israel”. “Vamos atingir nossos objetivos com o acordo? Não sei, ainda é muito cedo. Estamos comprometidos para que não aconteça de novo [ataques aéreos].”
Hamas “comemora” vitória
Logo após o anúncio do cessar-fogo, vários líderes do Hamas, que controla a faixa de Gaza, e da Jihad Islâmica, a segunda força no enclave palestino, apareceram em público comemorando a “vitória” no conflito contra as Forças Armadas de Israel.
Mahmud Zahar, um alto dirigente do Hamas na faixa de Gaza, e Mohamed al-Hindi, um líder da Jihad Islâmica, pronunciaram um discurso diante de milhares de palestinos no bairro de Rimal, no oeste da Cidade de Gaza, em um sinal da união nascida pouco antes do conflito.
O Hamas, que infligiu as maiores perdas ao Exército israelense desde 2006, com 64 soldados mortos, reivindicou a "vitória", afirmando ter derrotado "a lenda do Exército israelense que se dizia invencível" e conseguido a redução do bloqueio, principal reivindicação dos palestinos. (Com AFP)
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