Madrugada em Gaza tem 150 alvos bombardeados; mortes ultrapassam 600
Seis palestinos, entre eles três mulheres - uma delas grávida - e uma menina, morreram nesta terça-feira em bombardeios israelenses na faixa de Gaza após duas semanas de ofensiva israelense contra o Hamas, anunciaram fontes médicas palestinas.
Durante a madrugada, forças israelenses bombardearam mais de 150 alvos em Haza, entre eles a casa de um antigo líder do Hamas, cinco mesquitas e um complexo esportivo, segundo disse o porta-voz da polícia de Gaza, Ayman Batniji à Associated Press. Não houve vítimas nas mesquitas e no complexo esportivo, que incluía uma academia de ginástica e um campo de futebol.
Dezenas de jornalistas e residentes de um edifício de Gaza fugiram depois que a Al Jazeera, com sede no prédio, anunciou ter sido alvo de disparos israelenses. Israel negou.
A mulher grávida morreu em bombardeios em Beit Hanun, no norte do enclave palestino, perto da fronteira israelense, junto a uma menina de quatro anos, segundo a mesma fonte.
Outras duas mulheres, de 50 e 70 anos, morreram em um bombardeio em Zeitun, um bairro do sul da cidade de Gaza, e dois homens faleceram em Al-Qarara, no sul do território, segundo Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência palestinos.
Do lado israelense, 30 soldados foram mortos. Nesta terça, Israel confimou que um de seus soldados está desaparecido desde o fim de semana.
As autoridades israelenses acreditam que o militar, identificado como Oron Shaul, tenha sido morto.
O soldado fazia parte de um grupo de sete militares cujo veículo foi atacado quando passava por Shejaiya, próximo à Cidade de Gaza, no domingo. Seis dos militares foram mortos, mas um deles continua desaparecido e sequer foi identificado.
Mediação
O secretário de Estado americano, John Kerry, se comprometeu nesta terça-feira no Cairo a continuar a mediação até alcançar um cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza, antes de sua reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby.
Na sede da organização pan-árabe no Cairo, Kerry e Al Arabi analisaram o plano apresentado pelo Egito na semana passada de cessação das hostilidades.
Kerry, que chegou ontem à noite ao Cairo, pretende pressionar para que esta iniciativa seja aplicada, um passo que para ele depende do Hamas, que inicialmente rejeitou a proposta.
Já Arabi disse aos jornalistas ter esperança que as visitas de Kerry e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao Egito promovam um cessar-fogo.
Para ele a última resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza é insuficiente para frear a violência e agradeceu aos Estados Unidos pela ajuda humanitária de US$ 47 milhões para os palestinos da Faixa.
Antes da reunião com Arabi, o chefe da diplomacia americana se reuniu com seu colega egípcio, Sameh Shukri, também para analisar a situação em Gaza, onde em duas semanas de ofensiva israelense morreram mais de 580 palestinos e 27 soldados israelenses.
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