PT quer usar CPI do Cachoeira para desviar foco do mensalão, diz presidente do PSDB
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17) em Brasília, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que as denúncias mais recentes contra o governador tucano Marconi Perillo (GO) "não têm conteúdo" e que o PT tenta usar a CPI do Cachoeira para desviar o foco do mensalão.
Segundo reportagem da revista "Época" do último final de semana, Perillo teria um compromisso" firmado entre ele e a empresa Delta Construções, por intermédio de Carlinhos Cachoeira, assim que assumiu o cargo no ano passado. A revista, que diz ter tido acesso a um relatório da Polícia Federal, afirma que o acerto incluiria o suposto pagamento de propina a Perillo para liberar créditos da construtora em contratos com o governo goiano.
No esquema, estaria incluída até a compra da casa do governador por Cachoeira, que, segundo a PF, foi paga com recursos da Delta. Em depoimento à CPI no último dia 12 de junho, Perillo negou qualquer relação com a Delta e com Cachoeira.
Sérgio Guerra diz que o PT, Lula e Dirceu tentam transformar a CPI numa operação contra o Perillo para desviar o foco do mensalão.
"Esse pessoal não investiga nada. Só faz espuma. É uma fraude. O PT não tem coragem de enfrentar o mensalão", disse o presidente tucano.
"Por que não investigar os contratos da Delta com o governo do Rio de Janeiro, onde os contratos são bilionários", questionou Sérgio Guerra. "Por que não convocam a Delta? Cadê o Cavendish? Onde está o Pagot? O PT não quer investigar nada", acrescentou.
"O PSDB não tem dúvida sobre o governador Perillo. Não venham pra cima do nosso governador", disse Guerra sobre Perillo.
Nesta segunda-feira, o governador de Goiás já havia divulgado nota refutando as acusações. Perillo diz que a reportagem publicada pela revista "Época" no final de semana contendo acusações contra ele é "infame e desleal".
Na segunda-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) protocolou na secretaria da comissão um requerimento solicitando mais uma audiência com o governador goiano após a reportagem da "Época".
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