PF põe Abin de Bolsonaro na mira de investigação sobre tentativa de golpe

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A Polícia Federal fez nesta sexta-feira (20) uma operação contra o suposto uso ilegal de um software de geolocalização pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a Abin usou de forma ilegal o software para monitorar a localização de pessoas sem autorização judicial.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de cinco servidores da agência. Foram cumpridas 25 ações de busca e apreensão, e duas pessoas foram presas.

Para Juliana Dal Piva, a operação de hoje coloca o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, na mira da investigações sobre a tentativa de golpe de Estado planejada no governo anterior. Ao mesmo tempo, segundo ela, a operação pode provocar uma crise interna envolvendo PF, Abin e militares.

Josias de Souza observa que a operação revela espantosamente que, decorridos dez meses da gestão Lula, a "dedetização" da Abin, um órgão cujas falhas estão no epicentro das manifestações golpistas de 8 de janeiro, ainda não foi concluída.

Leonardo Sakamoto fustiga o governo anterior, a quem chama de "paranoico" e pouco afeito aos princípios democráticos, por ter transformado a espionagem de potenciais inimigos em uma política corriqueira.

E José Roberto de Toledo informa que a Controladoria-Geral da União vai determinar à empresa israelense responsável pelo software que informe quem foi espionado. Segundo ele, a investigação deve revelar quem era alvo do governo (algo que só Moraes e alguns policiais federais sabem até agora) e também como ferramentas pagas com dinheiro público foram usadas para atender interesses privados -e por quem.

Juliana Dal Piva: Com operação na Abin, Ramagem entra na mira das investigações sobre golpe

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Josias de Souza: Incapaz de todo, Bolsonaro era capaz de tudo na bisbilhotagem

Leonardo Sakamoto: Paranoica e autoritária, gestão Bolsonaro era fissurada em espionar celular

José Roberto de Toledo: CGU manda fabricante de software entregar nomes espionados pela Abin

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Opinião

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