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Campanha no Facebook pede morte de um palestino por hora até que raptados sejam recuperados

Do UOL, em São Paulo

16/06/2014 12h15Atualizada em 24/06/2014 14h45

Um grupo no Facebook está sugerindo que israelenses “eliminem” um "terrorista palestino" por hora até que sejam encontrados os três estudantes judeus sequestrados na Cisjordânia na última quinta-feira (12).

O nome da página, aparentemente criada por um grupo ultraortodoxo de ultradireita e com conteúdo em hebraico, é "Até que os adolescentes voltem, a cada hora se atira em um terrorista". A página mostra diversas fotos dos jovens, além de imagens de supostos radicais palestinos encapuzados e com mísseis.

Nesta segunda-feira (16), o grupo marcou um evento para que israelenses protestem e rezem pela volta dos adolescentes. Haviam confirmado a presença no evento 228 pessoas. 

Eyal Yifrach, 19, Gilad Shaar, 16, e Naftali Frenkel, 16, desapareceram na última quinta-feira (12) enquanto participavam de um seminário judaico. Os jovens podem ter sido raptados quando pegavam carona perto do assentamento de Alon Shvut.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o grupo radical islâmico Hamas pelo sequestro, citando dados de inteligência israelense, embora três outros grupos tenham assumida a autoria do sequestro.

Mas um porta-voz da organização negou qualquer envolvimento, alegando que os estudantes sumiram em um território controlado por israelenses.

O grupo acusou ainda Israel de tentar sabotar o governo de unidade palestina recém formado pelo Hamas e o Fatah.

No fim de semana, uma operação de busca pelos jovens, iniciada pelo Exército israelense na Cisjordânia, resultou em mais de 80 palestinos presos. Nesta segunda-feira, um palestinos foi morto em Ramallah. A operação recebeu o nome de "Retornem, irmãos". 

O líder palestino, Mahmoud Abbas, do Fatah, condenou o sequestro e a repressão israelense.

De acordo com um comunicado, “a liderança palestina condena a série de eventos (...), começando pelo sequestro de três adolescentes israelenses e terminando com uma série de violações por parte de Israel”.