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Tragédia em Brumadinho

"Não é acidente, é chacina"; relatos de parentes das vítimas de Brumadinho

Taís Vilela e Juliana Lavarini

Do UOL e colaboração para o UOL, em Brumadinho (MG)

01/02/2019 04h00Atualizada em 01/02/2019 21h43

A tragédia de Brumadinho (MG) vai muito além dos mortos e desaparecidos. As feridas estão abertas para quem ficou, seja com a certeza de ter perdido uma pessoa que amava, ou com a espera angustiada de um corpo a ser velado. Segundo o último balanço, divulgado na noite de quinta-feira (31), ao menos 110 pessoas morreram.

A história desses outros sobreviventes da tragédia -- pais, irmãos, cônjuges e amigos -- é contada no vídeo especial do UOL (assista à integra acima). Nos relatos, eles falam sobre a dor da perda e a indignação com a tragédia.

"Isso não é acidente, isso é um assassinato, uma chacina, cruel, fria, calculista", diz Iodete Aparecida, comerciante, que espera notícias do namorado, Aroldo Ferreira de Olivera, um dos 238 desaparecidos.

"Pai, mãe, filho, colega, vizinho, cada pedacinho aqui da cidade tem alguém que se foi, uma estrelinha que está lá em cima", conta Rosângela dos Santos, irmã de Rogério, que também não foi encontrado ainda. 

Em meio à lama e à desfiguração física das ruas e casas, o próprio espírito da cidade parece ter se esvaído. "Acabou não só para quem morreu, mas pra quem está aqui", diz Rômulo de Oliveira que perdeu o irmão na tragédia.

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