Promotoria pede prisão domiciliar de amigo de suspeito do atentado em Boston
Promotores e advogados de defesa pediram nesta segunda-feira (6) a um juiz de Massachusetts para liberar ou manter em prisão domiciliar, com pagamento de fiança, um dos suspeitos de ocultar provas contra o atentado em Boston.
Saiba mais sobre os russos suspeitos dos ataques em Boston
Os dois suspeitos apontados pelo FBI como responsáveis pelas explosões da Maratona de Boston foram identificados como sendo os irmãos Dzhokhar A. Tsarnaev (à dir.),19, preso pela polícia, e Tamerlan Tsarnaev, 26, morto após tiroteio. Os dois são russos, provenientes de uma região próxima à Tchetchênia, e residentes legais nos Estados Unidos há no mínimo um ano.
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Robel Phillipos, 19, foi acusado na semana passada de mentir para os investigadores sobre Dzhokhar Tsarnaev, de quem seria amigo, junto a dois outros estudantes. Dzhokhar está sob custódia do governo dos Estados Unidos, acusado de explodir as bombas que mataram três e feriram mais de 250 pessoas durante a Maratona de Boston, em 15 de abril.
Dzhokhar teria atuado com seu irmão, Talerman Tsarnaev, que morreu dias depois do atentado durante tiroteio com policiais.
Phillipos teria ido ao quarto de Dzhokhar Tsarnaev três dias depois da tragédia e destruído pistas sobre o atentado, segundo a polícia. Outros dois amigos também são acusados de destruir provas.
Phillipos é estudante da Universidade de Dartmouth Massachusetts, onde estuda marketing, e, se for condenado, terá de cumprir pena de até oito anos de prisão.
Os advogados do estudante pedem para mantê-lo em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, mais o pagamento de fiança de US$ 100 mil (R$ 201 mil), por descartarem o risco de ele fugir.
Um juiz deve considerar o pedido durante audiência nesta segunda-feira.
"Fiquei tão chocado e surpreso quando ouvi a notícia de sua prisão que não conseguia controlar minhas lágrimas", escreveu Zewditu Alemu, tia de Phillipos.
"Eu não acredito que o meu amado Robel cruze a linha intencionalmente para apoiar ou ajudar um ato tão terrível contra nós, o povo dos EUA. Por natureza, ele não gosta de violência. Ele adora ambientes pacíficos." (Com agências internacionais)
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